Assassinato de Marielle Franco foi planejado em setembro de 2017, diz PF Assassinato de Marielle Franco foi planejado em setembro de 2017, diz PF
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Assassinato de Marielle Franco foi planejado em setembro de 2017, diz PF

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Wilson Lima
3 minutos de leitura 24.03.2024 15:10 comentários
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Assassinato de Marielle Franco foi planejado em setembro de 2017, diz PF

Segundo investigações da Polícia Federal, foi prometido um terreno no Rio de Janeiro a Ronnie Lessa como recompensa pelo crime

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Assassinato de Marielle Franco foi planejado em setembro de 2017, diz PF
Foto: Renan Olaz/CMRJ

As investigações da Polícia Federal sobre a morte de Marielle Franco (PSOL) apontam que a execução da vereadora foi encomendada em setembro de 2017, durante uma reunião entre o sargento reformado da Polícia Militar Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como “Macalé”, e Ronnie Lessa, um dos executores do crime.

“Segundo Ronnie Lessa, nos segundo semestre de 2017 ele foi procurado por Edmilson Macalé, pessoa que lhe apresentou a proposta idealizada pelos irmãos Brazão de matar a vereadora do município do Rio de Janeiro Marielle Franco, em pleno exercício do seu mandato”, aponta da PF em seu relatório.

“De antemão, Macalé revelou a Lessa qual seria a contrapartida para a realização da execução: ambos ‘ganhariam’ um loteamento a ser levantado nas mediações da rua Comandante Luís Souto, Tanque, no Rio de Janeiro”, aponta a PF.

“Diante do teor da proposta, Macalé convidou Ronnie Lessa, notório sicário carioca, para a empreitada criminosa que, seduzido pela possibilidade de se tornar um miliciano detentor de uma extensa margem territorial, aceitou o convite e ambos foram à primeira reunião com os Irmãos, devidamente intermediada por Robson Calixto Fonseca, vulgo Peixe”, acrescentou a PF em seu relatório.

Em delação premiada homologada pelo STF, o ex-policial reformado Ronnie Lessa afirmou que Chiquinho Brazão demonstrava “descontrolada reação à atuação de Marielle” para a votação do projeto de Lei à Câmara número 174/2016. O projeto trata da regularização de um condomínio em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro. De acordo com a PF, esse foi um dos principais motivadores para o assassinato.

“No mesmo sentido, apontam diversos índicos do envolvimento dos Brazão, em especial do Domingos, em atividades criminosas, incluindo as relacionadas com milícias e grilagem de terras. Por fim, ficou designada a divergência no campo político sobre questões de regularização fundiária e defesa do direito de moradia.”

O relatório aponta que Marielle queria a regularização dos terrenos para fins sociais e defendia que o processo fosse acompanhado por órgãos como o Instituto de Terras e Cartografia do Estado do Rio (Iterj) e o Núcleo de Terra e Habitação, da Defensoria Pública do Rio.

Os mandantes do crime buscariam a regularização sem respeitar o critério de área de interesse social.

Na manhã deste domingo, a Polícia Federal prendeu o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ), Domingos Brazão, irmão do parlamentar e conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Os dois são suspeitos de terem ordenado a morte de Marielle Franco.

O delegado Rivaldo Barbosa, que chefiou a Polícia Civil do Rio e teria atuado para protegê-los, também foi detido. Os três negam a acusação.

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Wilson Lima

Wilson Lima é jornalista formado pela Universidade Federal do Maranhão. Trabalhou em veículos como Agência Estado, Portal iG, Congresso em Foco, Gazeta do Povo e IstoÉ. Acompanha o poder em Brasília desde 2012, tendo participado das coberturas do julgamento do mensalão, da operação Lava Jato e do impeachment de Dilma Rousseff. Em 2019, revelou a compra de lagostas por ministros do STF.

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