As reformas tributária e administrativa serão aprovadas em ano de eleição?
Há duas reformas no radar do governo e do Congresso em 2020: a tributária e a administrativa. O sonho do Planalto é aprovar as duas até dezembro, apesar do calendário comprometido em razão das eleições municipais em outubro. O Antagonista ouviu líderes da Câmara e do Senado sobre a agenda legislativa. Eles estão divididos...
Há duas reformas no radar do governo e do Congresso em 2020: a tributária e a administrativa.
O sonho do Planalto é aprovar as duas até dezembro, apesar do calendário comprometido em razão das eleições municipais em outubro.
O Antagonista ouviu líderes da Câmara e do Senado sobre a agenda legislativa. Eles estão divididos.
“Acredito em ambas as reformas aprovadas neste ano, mesmo com as eleições. Tenho percebido que as duas reformas se tornaram pautas do Parlamento, independentemente de como esteja a base do governo”, disse o senador Rodrigo Pacheco, líder do DEM.
O deputado petista Paulo Pimenta, claro, não pensa da mesma forma: “Sentimento de impunidade, incompetência, influência da família, fantasmas do Queiroz e da campanha atormentam o governo e dificultam uma base sólida para aprovação de qualquer coisa”.
André de Paula, líder do PSD na Câmara, afirmou que Rodrigo Maia sinaliza intenção de aprovar as duas reformas neste ano: “Quando as coisas são prioridades da Casa, elas acontecem independentemente das dificuldades de calendário”.
Já Major Olímpio, líder do PSL no Senado, acredita que a pauta vai empacar. A reforma administrativa, prevê ele, vai gerar “uma guerra no Congresso e não vai andar nada”. Sobre a reforma tributária, Olímpio disse que “o governo não sabe o que quer, não tem de fato um projeto”.
O líder do PSB na Câmara, deputado Tadeu Alencar, acredita que a reforma tributária poderá avançar mais rápido do que a administrativa, porque a proposta de simplificação dos tributos é “rica de possibilidades” e “interessa ao conjunto da sociedade”. “Os dois temas têm a simpatia do Rodrigo Maia. Como ele é regente da pauta, muito dependerá de sua atuação e do conjunto dos líderes”, ponderou o socialista.
O deputado André Figueiredo, líder do PDT, é objetivo: “Acredito na aprovação da reforma tributária. A administrativa, para avançar, terá que mudar muito”.
O senador Roberto Rocha, líder do PSDB e presidente da comissão que vai debater a reforma tributária, prevê que a proposta será aprovada ainda no primeiro semestre — o mesmo não pode ser dito da reforma administrativa.
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