As referências para Boulos são Maluf e Pitta
Dados do Datafolha indicam que rejeição do pré-candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo só se compara às de dois candidatos que conseguiram se eleger na capital paulista
O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP, à esquerda na foto) era, até outro dia, o favorito para ganhar a disputa pela Prefeitura de São Paulo. Agora, destaca-se como o mais rejeitado, segundo dados da pesquisa Datafolha. E só dois ex-prefeitos da capital paulista conseguiram se eleger com mais de 30% de rejeição, destaca a Folha de S.Paulo.
Boulos é rejeitado por 34% do eleitoral. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que aparece empatado tecnicamente com o desafiante socialista nas pesquisas de intenção de voto, tem 26% de rejeição.
Maluf ganhou em 1992 com 38% de rejeição. Ele disputava com o petista Eduardo Suplicy, que tinha 31% da rejeição. Já Pitta venceu a disputa em 1996 mesmo rejeitado por 30% do eleitorado, mas contra uma Luiza Erundina, do PT à época, cuja rejeição variou de 39% a 45%.
Sob ataque?
Na campanha de 2020, quando perdeu a disputa no segundo turno para o falecido Bruno Covas (PSDB), a rejeição a Boulos não passou de 24%, bem abaixo do patamar atual.
“Integrantes do PSOL afirmam que, em 2020, a campanha de Boulos não era um alvo prioritário —sua chegada ao segundo turno surpreendeu. Já nesta eleição, como o psolista largou na frente, acaba tendo a rejeição amplificada por críticas dos adversários”, diz a Folha.
Os tais aliados de Boulos dizem não se assustar com a rejeição, que já estaria “precificada”, e a atribuem a “ataques e fake news que seriam perpetrados pela pré-campanha de Nunes e pela máquina do bolsonarismo”.
Por quê?
O fato é que a rejeição de Boulos parece consolidada, como seus próprios aliados admitem. Se ela for realmente fruto de fake news, a tal “máquina do bolsonarismo” parece estar funcionando bem, o que não é boa notícia para o deputado.
Mas há um cenário ainda pior para Boulos: o de a rejeição ser reflexo do histórico e do comportamento do próprio deputado. Nesse caso, não vai adiantar culpar os adversários por ela.
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