As desculpas esfarrapadas de Augusto Nardes
O ministro Augusto Nardes manifestou-se sobre a não-inclusão do documento (memorial) do Ministério Público de Contas no aviso enviado a Dilma Rousseff. Ele disse à Folha que...
O ministro Augusto Nardes manifestou-se sobre a não-inclusão do documento (memorial) do Ministério Público de Contas no aviso enviado a Dilma Rousseff. Ele disse à Folha que:
a) “Durante a sessão no TCU que decidiu pela abertura de prazo para resposta do Planalto o procurador-geral do MP junto ao TCU, Paulo Bugarin, não fez referência ao memorial”. E daí? Poderia ter sido mandado logo em seguida.
b) “Seria ‘desleal’ da parte do presidente e poderia atrasar a tramitação do processo uma decisão de enviar o memorial ao Planalto sem que a peça tivesse sido discutida anteriormente entre os próprios ministros do TCU”. Os ministros tiveram tempo suficiente para “discutir” a peça. Se não o fizeram até agora, foi de caso pensado, evidentemente.
c) “As informações indicadas no memorial ‘já estão contempladas nas 13 demandas feitas ao Planalto, não da forma descritiva como fez o procurador, mas está indagado'”. Mentira. As irregularidades constatadas pelo Ministério Público de Contas demonstram o uso eleitoreiro das pedaladas fiscais, o que agrava o crime de responsabilidade da presidente da República.
Augusto Nardes saiu-se, ainda, com uma última desculpa esfarrapada: “Mas eu achei importante e interessante o memorial, tanto que encaminhei para o advogado-geral da União se manifestar”. Interessante é estado de gravidez, ministro.
Como diz uma fonte do Antagonista, “o jogo dentro do TCU está pesado”.
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