Aras nega omissão diante de Bolsonaro e diz que PGR nunca constatou fraude em urnas
Augusto Aras deu uma entrevista de 13 minutos à Folha em que negou ser omisso em relação aos atos de Jair Bolsonaro, desqualificou os seus críticos e disse que a PGR nunca constatou fraude nas urnas eletrônicas, objeto de ataque constante do presidente que o escolheu para o cargo...
Augusto Aras deu uma entrevista de 13 minutos à Folha em que negou ser omisso em relação aos atos de Jair Bolsonaro, desqualificou os seus críticos e disse que a PGR nunca constatou fraude nas urnas eletrônicas, objeto de ataque constante do presidente que o escolheu para o cargo, fora da lista tríplice do MPF.
A conversa, informa o jornal paulistano, ocorreu horas após os senadores Fabiano Contarato e Alessandro Vieira apresentarem ao STF uma notícia-crime contra Aras para que ele seja investigado por prevaricação —ou seja, por não agir diante das ameaças golpistas de Bolsonaro e dos ataques do presidente à Justiça Eleitoral e a ministros do Supremo.
O chefe do MPF afirmou que a PGR nunca encontrou provas de fraude nas urnas e ainda atestou a legitimidade de todos os pleitos: “O procurador-geral da República participou, na minha gestão em especial, de todos os atos pertinentes às eleições, legitimando as eleições”.
Aras declarou também que as críticas à sua gestão vêm de pessoas que não conhecem as leis e que ele só pode se manifestar juridicamente.
“A diferença que pode estar surpreendendo o jornalismo é um procurador que não aceita fazer política, é um procurador que tem o compromisso de cumprir a Constituição e as leis.”
“Não houve em nenhum momento nenhuma omissão do procurador-geral da República”, afirmou o PGR, que ainda defendeu a “independência funcional” de seu braço direito, Lindôra Araújo, no episódio em que a sub-PGR alegou não ver crime no não uso de máscara pelo presidente —embora tenha agido diferente no caso de um desembargador.
No final da entrevista, segundo a Folha, Aras foi questionado sobre como gostaria que seu nome entrasse na história.
“Abra meu [currículo] Lattes. Tem lá uma biografia de 400 palestras, livros, artigos”, respondeu o PGR, saindo sem se despedir.
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