Aras dispensa secretário que criticou a Lava Jato
Augusto Aras oficializou hoje a demissão do subprocurador Eitel Santiago do cargo de secretário-geral da PGR. No mês passado, em entrevista à CNN, ele afirmou que a Lava Jato no Paraná cometeu ilegalidades e "foi Deus o responsável pela presença de Bolsonaro no poder"...
Augusto Aras oficializou hoje a demissão do subprocurador Eitel Santiago do cargo de secretário-geral da PGR. No mês passado, em entrevista à CNN, ele afirmou que a Lava Jato no Paraná cometeu ilegalidades e “foi Deus o responsável pela presença de Bolsonaro no poder”.
Desde o mês passado, subprocuradores pressionavam Aras para dispensar Eitel. Ele mesmo pediu exoneração e se afastou do cargo para tratamento de saúde.
Assume a Secretaria-Geral, que trata do orçamento do MPF, a subprocuradora Eliana Torelly, que vinha exercendo o cargo interinamente.
A demissão foi comunicada hoje por Aras num e-mail interno.
Membro do MPF desde 1984, Eitel foi um dos primeiros nomes escolhidos por Aras para sua gestão na PGR. Em 2018, concorreu e perdeu a eleição para deputado federal — na campanha, aparecia num santinho com Jair Bolsonaro.
Na entrevista à CNN, Eitel disse que Sergio Moro é “extremamente vaidoso” e “fez vista grossa para ilegalidades cometidas em algumas investigações”.
“Não se conduziu, portanto, com a isenção que deve orientar a conduta de quem abraça a carreira da Magistratura e tenta entrar na política pela porta dos fundos”, afirmou.
Rodrigo Janot, acrescentou, foi dos procuradores-gerais “que mais cometeram ilegalidades”.
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