Aras deve pedir explicações de Guedes sobre offshore em paraíso fiscal
Augusto Aras deve enviar um ofício ao ministro Paulo Guedes para saber se a offshore do ministro da Economia em paraíso fiscal está ativa e se ele fez investimentos no exterior durante o governo Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo Poder 360 e confirmada por O Antagonista nesta segunda-feira (1)...
Augusto Aras deve enviar um ofício ao ministro Paulo Guedes para saber se a offshore do ministro da Economia em paraíso fiscal está ativa e se ele fez investimentos no exterior durante o governo Bolsonaro. A informação foi divulgada pelo Poder 360 e confirmada por O Antagonista nesta segunda-feira (1).
Como mostramos ontem, Guedes é dono da offshore Dreadnoughts, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. Também possuem participação na empresa a esposa dele, Maria Cristina Bolivar Drumond Guedes, e a filha, Paula Drumond Guedes.
A informação foi revelada neste domingo por veículos do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos. Não é ilegal ter uma offshore, desde que declarada à Receita Federal. No entanto, o Código de Conduta da Alta Administração Federal proíbe, em seu artigo 5º, “investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a autoridade pública tenha informações privilegiadas”.
Em nota enviada ao Poder 360, Aras disse que órgãos de controle também poderão ser ouvidos futuramente.
“Trata-se de uma notícia que foi publicada pela imprensa. Com todo respeito à mídia, não podemos fazer investigações com base em notícias. O PGR fará, como de praxe, uma averiguação preliminar. Vamos ouvir algumas pessoas e requisitar documentos. Depois é que vamos fazer um juízo de valor se é necessário pedir a abertura de um inquérito no Supremo Tribunal Federal, que é o foro para quando há ministros de Estado citados. Mas tudo será dentro do devido processo legal. A 1ª pessoa a ser ouvida será o ministro Paulo Guedes, que será oficiado e poderá com tranquilidade enviar todos os esclarecimentos. Podemos também oficiar órgãos de controle. Mas não faremos nenhum juízo de valor antes disso.”
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