Aras chama de “oportunistas” acusações de leniência com 8/1
O procurador da República Anselmo Henrique Cordeiro Lopes disse que Aras prejudicou medidas preventivas contra 8/1
Augusto Aras classificou como “oportunistas” as acusações feitas pelo procurador Anselmo Henrique Cordeiro Lopes, que responsabilizou o antigo chefe do Ministério Público Federal pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Como mostramos ontem, em despacho assinado em 25 de janeiro e obtido em primeira-mão por O Antagonista nesta quinta, 15 de fevereiro, Lopes argumenta que o ex-PGR prejudicou medidas preventivas. Entre as quais, estavam as recomendações de monitoramento do acampamento bolsonarista instalado na frente do QG do Exército em Brasília, de onde saiu parte dos insurgentes.
Por meio de mensagem encaminhada exclusivamente a O Antagonista, Aras afirmou que a manifestação do procurador não passa de “uma opinião ressentida”.
“A manifestação de Anselmo Cordeiro Lopes contra mim não passa de uma opinião ressentida de um procurador ainda inconformado com minhas decisões contrárias ao repasse de R$ 2,3 bilhões de um acordo de leniência para a Transparência Internacional, uma ong alemã. Grande parte deste valor já foi depositado em favor da Uniao, em decorrência das medidas da nossa gestão na PGR”, disse Aras.
“As acusações oportunistas e infundadas desse procurador, apaixonado por holofotes, já foram encaminhadas à Corregedoria do Ministério Público para as providências cabíveis”, acrescentou.
Como revelamos ontem, o procurador criticou a postura de Aras também pelo fato de que, em novembro, ele extinguiu grupos do MPF para o combate de atos golpistas.
“O anterior Procurador-Geral da República, Dr. Augusto Aras, igualmente inibiu a atuação conjunta de procuradores da República em diversos estados da Federação, que buscavam combater ações e iniciativas golpistas em assentamentos ilegais presentes em frente a quartéis militares”, afirma Lopes no despacho.
“No caso do Rio de Janeiro, noticiou-se também que o Dr. Augusto Aras não somente se negou a compartilhar provas sobre investigações de atos antidemocráticos como também teria representado à Corregedoria-Geral do MPF contra procuradores da República lotados no Rio de Janeiro que atuavam contra a prática de tais ações”, acrescenta.
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