“Apostam na polarização para salvar a própria pele”, diz Tabata
A deputada federal lembrou que Bolsonaro e outros ex-integrantes de seu governo são investigados por planejar uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022
A deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) afirmou neste domingo, 25, que Jair Bolsonaro (PL) aposta na polarização para “tentar salvar a própria pele”.
Ao comentar a manifestação realizada na avenida Paulista, ela lembrou que Bolsonaro e outros ex-integrantes de seu governo são investigados por planejar uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
“Todos têm o direito de convocar e realizar manifestações. Mas não podemos nos esquecer que aqueles que convocaram a manifestação de hoje fizeram isso porque estão sendo investigados por atentar contra a democracia. Ou seja, estão apostando mais uma vez na polarização para tentar salvar a própria pele. Enquanto isso, nosso povo segue dividido e sem esperança de mudanças reais”, escreveu Tabata na rede social X, antigo Twitter.
Sobrou para Ricardo Nunes
Pré-candidata à prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral não perdeu a oportunidade de criticar o prefeito Ricardo Nunes (MDB), que esteve no ato convocado por Bolsonaro no domingo.
“Além disso, é vergonhoso ver o prefeito da maior cidade brasileira apequenar o cargo que ocupa e a cidade que deveria liderar com sua participação. Novamente, Nunes demonstra topar qualquer negócio para se manter no poder e envergonha o legado de Bruno Covas”, disse Tabata.
Ricardo Nunes foi apenas uma das autoridades presentes no ato convocado por Bolsonaro em nome da “defesa do Estado Democrático de Direito”.
Além dele, os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas, de Minas Gerais, Romeu Zema, e de Goiás, Ronaldo Caiado, também participaram da manifestação de apoio a Bolsonaro.
O ato de Bolsonaro
Jair Bolsonaro (PL) participou no domingo, 25, de um ato com apoiadores na avenida Paulista, em São Paulo.
Em discurso, Bolsonaro, que agora posa de vítima do sistema que ele próprio fortaleceu, evitou citar o Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Alexandre de Moraes, e disse buscar “a pacificação para passar uma borracha no passado”.
Ele afirmou ainda que nenhum “mal é eterno” e que o “abuso por parte de alguns trazem insegurança para todos nós”.
“Tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz, é não continuarmos sobressaltados.”
Bolsonaro pediu ainda anistia “para aqueles pobres coitados” que foram presos pelo 8 de janeiro:
“Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos, a conciliação. Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridade no Brasil, agora nós pedimos a todos os 513 deputados um projeto de anistia para que seja feita Justiça em nosso Brasil, e quem porventura depredou o patrimônio, que nós não concordamos, que pague.”
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