Após série de apagões, presidente da Enel se aposenta
Nicola Cotugno (foto) pediu demissão nesta quinta-feira, 23, do cargo de country manager da Enel, a empresa italiana responsável pela distribuição de energia em três estados brasileiros.
Nicola Cotugno (foto) se aposentou nesta quinta-feira, 23, do cargo de country manager da Enel, a empresa italiana responsável pela distribuição de energia em três estados brasileiros. Em seu lugar, assume Antonio Scala.
Cotugno, que atuava há mais de 20 anos na empresa — e desde 2018 como chefe do braço brasileiro da operação — sai em meio a uma série de crises de abastecimento e de imagem envolvendo a empresa nas últimas semanas. No início do mês, uma chuva com vento derrubou árvores em São Paulo — e milhares de imóveis na maior cidade do país ficar até uma semana sem energia elétrica. A empresa, que absorveu a concessão dada à AES pela antiga Eletropaulo, se disse “pega de surpresa” com a magnitude do fenômeno meteorológico e sua atuação gerou mesmo uma CPI na Câmara Municipal paulistana e pedidos abertos pelo fim do contrato.
Nesta semana, foi a vez do braço fluminense da empresa, que não atua na capital do estado, apresentar falhas. Uma nova falha após temporais durante a semana em Niterói derrubou a luz — com a Enel novamente incapaz de responder com rapidez, a empresa foi alvo de investigação pelo Ministério Público fluminense. A empresa ainda tem um braço de operação no Ceará e também teve em Goiás — onde seguidas críticas à qualidade de seu atendimento forçaram a venda da operação para a Equatorial Energia.
O novo incumbente ao cargo, Scala tem 18 anos de experiência na casa e já havia sido escolhido em outubro para o cargo. “Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro”, disse a companhia. “Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina.”
Correção: uma primeira versão desta matéria indicava, como adiantou o canal CNN, que Cotugno havia pedido demissão. O chefe da empresa, no entanto, se aposentou.
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