Após fim das enchentes no Rio Grande do Sul, risco é de seca severa
Rattan Lal, durante uma visita ao Brasil, explicou que após o período de enchentes, frequentemente seguem-se severas secas.
De acordo com o cientista Rattan Lal, especialista em solos e embaixador da boa vontade do IICA, o estado do Rio Grande do Sul corre o risco de enfrentar uma seca severa após o fim das enchentes que ainda assolam a região.
Rattan Lal, durante uma visita ao Brasil, explicou que após o período de enchentes, frequentemente seguem-se severas secas.
A razão para isso é a incapacidade do solo saturado de reter água, o que agrava a situação quando as altas temperaturas se instalam.
Essa alternância extrema entre inundações e secas, segundo Lal, é uma clara manifestação das mudanças climáticas em ação.
Pratica conservacionista: uma solução viável?
Segundo Lal, a resposta para combater esse ciclo de enchentes e secas passa necessariamente pela adoção de práticas agrícolas mais sustentáveis e conservacionistas.
Métodos como a agricultura de cobertura, rotação de culturas e a não remoção de resíduos agrícolas do solo são essenciais para criar um cenário de maior resiliência climática.
Além disso, tais práticas ajudam na infiltração da água, reduzindo o risco de inundações e protegem o solo contra a erosão.
Lal aponta que além de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, a agricultura conservacionista também pode ser um caminho para aumentar a eficiência no uso de fertilizantes e no manejo de irrigação.
Ele sugere o uso de irrigação por gotejamento como uma técnica eficiente que, ao mesmo tempo, conserva água e nutrientes, beneficiando o cultivo em períodos de escassez hídrica.
O avanço da agricultura e suas consequências no longo prazo
Desde sua primeira visita ao Brasil em 1975, Lal observa que a agricultura brasileira avançou exponencialmente, transformando o Brasil em uma potência agrícola global.
No entanto, alerta para a necessidade de adotar práticas agrícolas que não apenas sejam voltadas para o aumento da produção, mas que também considerem a sustentabilidade e o equilíbrio ambiental.
A utilização intensiva da terra e o uso excessivo de fertilizantes e pesticidas podem ter consequências a longo prazo, que vão contra os princípios da agricultura sustentável.
Rio Grande do Sul entre as enchentes e a seca
Concluímos que enquanto as mudanças climáticas continuam a representar uma ameaça iminente, adaptar e implementar práticas agrícolas sustentáveis é essencial.
O exemplo do Rio Grande do Sul demonstra a urgência e a possibilidade de transformar a agricultura não apenas para enfrentar os desafios imediatos, mas para garantir a segurança alimentar e ambiental no futuro.
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