Após evento trágico, Janaína Paschoal cobra câmeras na USP
"Essa triste ocorrência é exemplo de como as câmeras poderiam ajudar a reconstituir os fatos e compreender como tudo aconteceu. A liberdade não é incompatível com a segurança", escreveu a professora e vereadora
A morte de uma mulher nas dependências da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) suscitou debates sobre segurança no campus. A professora e vereadora eleita, Janaína Paschoal, manifestou-se nas redes sociais nesta sexta-feira, 8 de novembro, cobrando a instalação urgente de câmeras de vigilância no local.
O incidente ocorreu na noite de terça-feira, 5 de novembro, quando estudantes, durante uma aula, ouviram um som vindo do jardim interno. No intervalo, encontraram a mulher caída, que foi prontamente levada ao hospital, mas não resistiu.
A falecida, uma mulher de 33 anos, estava nas dependências do centro acadêmico para acompanhar sua irmã em um ensaio do coral. O Coral USP XI de Agosto é associado ao Centro Acadêmico XI de Agosto e é aberto à participação de membros da comunidade externa à universidade. Após ser socorrida e levada ao hospital, a mulher não resistiu.
Em comunicado oficial, a direção da faculdade afirmou estar oferecendo suporte à família enlutada e destacou a presença contínua de um psicólogo disponível para atendimento aos estudantes. Este profissional foi especialmente mobilizado para prestar apoio aos alunos que testemunharam o ocorrido e necessitam de assistência psicológica diante do impacto provocado por um suicídio.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) declarou, em nota, que detalhes adicionais sobre o caso não podem ser divulgados devido à natureza sensível do evento.
Em resposta ao evento trágico, a Faculdade de Direito suspendeu as aulas até a segunda-feira seguinte, 11 de novembro.
A liberdade não é incompatível com a segurança
Contrapondo a decisão da universidade, Janaína Paschoal defende que, ao invés de suspender as atividades acadêmicas, a instituição deveria investigar as circunstâncias do ocorrido. Paschoal argumenta que a instalação de câmeras seria fundamental para esclarecer os fatos. Segundo ela, as gravações poderiam ser cruciais para reconstituir o evento e entender como tudo se desenrolou:
“Diante dessa morte, venho publicamente reiterar a convicção de que câmeras precisam ser instaladas nos corredores da Faculdade. Trata-se de um prédio público, aberto ao público. Essa triste ocorrência é exemplo de como as câmeras poderiam ajudar a reconstituir os fatos e compreender como tudo aconteceu. A liberdade não é incompatível com a segurança! Leio as notícias e só falam sobre a suspensão das aulas. Houve uma morte, a notícia não pode ser a suspensão das aulas. Precisamos entender o fato, para que não se repita”, escreveu Paschoal no X
A assessoria da USP, por sua vez, esclareceu que melhorias na segurança interna já estão em curso, com 19 novas câmeras instaladas recentemente no edifício central. Contudo, o jardim onde o corpo da jovem foi encontrado ainda não possui monitoramento por vídeo, algo que está planejado para futuras etapas do projeto.
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