Após bullying antissemita, Beacon School fará ações educativas
Na escola paulista, seis colegas de um judeu de 15 anos desenharam suásticas na classe e reproduzirem o hino da Juventude Hitlerista junto à saudação nazista, em atitude de bullying
A Federação Israelita do Estado de São Paulo (Fisesp) comunicou, em nota, nessa terça-feira, 12 de março, que continua acompanhando de perto os desdobramentos do caso de antissemitismo ocorrido na escola Beacon School, localizada na Zona Oeste de São Paulo.
A vítima do episódio de antissemitismo foi um jovem estudantes judeu, de 15 anos. Na referida escola, seis de seus colegas desenharam suásticas na classe e reproduzirem o hino da Juventude Hitlerista junto à saudação nazista, em atitude de bullying contra o rapaz.
Com a repercussão negativa do fato, a instituição de ensino emitiu uma nota aos pais, afirmando que, ao tomar conhecimento de um caso de manifestações de apologia nazista no ambiente escolar, deu início a um processo responsável e cuidadoso de apuração dos fatos e suspendeu os agressores por dois dias.
“Não se pode fechar os olhos para fatos como o que ocorreu no colégio. É lamentável que jovens mantenham vivo um preconceito que dizimou milhões de seres humanos. Já passou da hora do mundo agir para que o antissemitismo deixe de existir. Estamos atentos ao caso“, afirma Marcos Knobel, presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo.
Knobel conta ainda que denúncias de antissemitismo registradas no Departamento de Segurança Comunitária (DSC) da Fisesp aumentaram consideravelmente.
“Atos antissemitas vêm crescendo no Brasil em maior escala desde o ataque do Hamas a Gaza em 7 de outubro de 2023. Outro pico também ocorreu após a polêmica e injusta fala do presidente Lula sobre o Holocausto, em fevereiro. As denúncias registradas abrangem ofensas nas redes sociais, grupos de trabalho no Whatsapp e ocorrências em escolas e universidades“, conclui.
Na primeira nota à imprensa sobre o ocorrido, a Federação Israelita do Estado de São Paulo declarou ter entrado em contato tanto com os pais do aluno que sofreu os atos quanto com a direção da escola, que prontamente se colocou à disposição em colaborar.
A Beacon School se comprometeu a investigar todos os fatos e providenciar ações socioeducativas para sua comunidade de alunos e pais. A Fisesp, por sua vez, colocou à disposição entidades como o Memorial da Imigração Judaica e do Holocausto e o Museu Judaico, para que todos os alunos da Beacon School possam fazer uma imersão no tema.
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