Apesar da ameaça de Zé Trovão, caminhoneiros descartam paralisação
Representantes de caminhoneiros dizem que, apesar do aumento no preço do diesel prejudicar o trabalho de caminhoneiros em todo o país, não há até o momento nenhuma mobilização agendada contra a Petrobras ou o governo...
Representantes de caminhoneiros dizem que, apesar do aumento no preço do diesel prejudicar o trabalho de caminhoneiros em todo o país, não há até o momento nenhuma mobilização agendada contra a Petrobras ou o governo. A convocação de uma paralisação feita pelo bolonarista Zé Trovão dificilmente terá repercussão no setor.
“Estes que estão convocando para manifestações são os mesmos que convocaram [manifestações] para setembro do ano passado, tentando derrubar o STF. O caminhoneiro autônomo não vai estar envolvido em nada, em nenhum tipo de paralisação ou manifestação no sentido de derrubar ou apoiar o governo, STF ou o que seja“, disse a O Antagonista José Roberto Stringasci, representante da Associação Nacional de transporte do Brasil (ANTB).
O líder da categoria aposta que, em vez de uma manifestação maior, com paralisação de rodovias e em portas de refinaria, o cenário seja de pequenos grupos de caminhoneiros com atos isolados, defendendo pautas variadas. “A categoria e as entidades, no entanto, não apoiam nenhum destes atos”, ele reiterou.
A mesma indefinição é vista por Wallace Landim, da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava). Ao tratar da conjuntura da situação, o representante conhecido como “Chorão Caminhoneiro” disse acreditar que o presidente está buscando uma solução ao caso, mas que ele está “tentando tirar a responsabilidade para colocar no colo da Petrobras.”
Mais cedo, Chorão gravou um vídeo onde alertou que “o país vai parar naturalmente por não ter condições de rodar” e cobrou uma reação generalizada de setores do transporte. Ele gravava durante o abastecimento de um veículo com o diesel próximo a R$9 por litro.
“Quando eu falo em ir para cima da Petrobras, é ir para cima do governo federal também. Porque quem nomeia o presidente da presidente da estatal é o presidente – foi o senhor Jair Messias Bolsonaro”, disse, “que fez uma proposta, um compromisso para nós, de mudar esse preço de paridade de importação em 2018. Por isso que acreditamos no senhor.”
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