Apagão vira embate entre Nunes e Boulos no primeiro embate do segundo turno
Atrás das pesquisas, Boulos adotou uma postura mais agressiva e coube a ele a função de franco atirador
O apagão de energia que deixou aproximadamente duas milhões de pessoas sem luz desde sexta-feira em São Paulo foi o tema principal do primeiro embate entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro debate do segundo turno. O encontro foi promovido pela Band, na noite desta segunda-feira, 14.
Atrás das pesquisas, Boulos adotou uma postura mais agressiva e coube a ele a função de franco atirador, uma posição que, no primeiro turno, era do ex-coach Pablo Marçal.
No início do debate, Boulos cobrou de Nunes uma postura mais proativa em relação à poda de árvores, o que, na visão do deputado federal, poderia atenuar os transtornos aos paulistanos. Nunes, por sua vez, justificou que parte dessa poda é de responsabilidade da distribuidora Enel.
“São dois grandes responsáveis [pela falta de energia]: a Enel, que presta um serviço horroroso e eu, como prefeito de São Paulo, vou trabalhar para tirar ela daqui. E o Ricardo Nunes, porque não fez o básico, a lição de casa: poda de árvore. E olha que a gente teve um apagão há menos de um ano, e nada foi feito. A cidade está refém dessas duas incompetências: da Enel e do prefeito”, disse Boulos.
“Realmente [o apagão] é algo muito triste, que deixa a gente profundamente magoado. É inaceitável o que essa empresa Enel tem feito com São Paulo. É inaceitável que o governo federal, que detém a concessão, que detém a fiscalização, não tenha feito nada. Eu fui até Brasília pedir a rescisão do contrato”, rebateu o prefeito de São Paulo.
Como está a disputa pela prefeitura de São Paulo?
O cenário eleitoral em São Paulo para o segundo turno já começa a se delinear com a liderança do prefeito Ricardo Nunes, que busca a reeleição com 55% das intenções de voto, segundo levantamento do instituto Datafolha divulgado na semana passada. Seu adversário, aparece com 33% das intenções de voto, marcando o início de uma fase decisiva na disputa pelo controle da maior cidade do país.
A corrida pelo comando da prefeitura de São Paulo, até aqui considerada uma das mais acirradas da história recente, já mostrou sua competitividade logo no primeiro turno. Ricardo Nunes terminou essa fase com 29,5% dos votos válidos, pouco à frente de Boulos, que obteve 29,1%.
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