Ao analisar prisão de Roberto Dias, Pacheco diz não poder interferir em decisões da CPI
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse hoje não poder interferir na decisão de Omar Aziz (PSD-AM) que determinou a prisão de Roberto Dias durante sessão da CPI da Covid. O presidente do Senado também afirmou confiar nos trabalhos do colegiado que investiga os atos do governo federal durante a pandemia...
Rodrigo Pacheco (DEM-MG) disse hoje não poder interferir na decisão de Omar Aziz (PSD-AM) que determinou a prisão de Roberto Dias durante sessão da CPI da Covid. O presidente do Senado também afirmou confiar nos trabalhos do colegiado que investiga os atos do governo federal durante a pandemia.
“Não é atribuição da Presidência [do Senado] se imiscuir no mérito dos acontecimentos da CPI. Ela tem uma existência autônoma, tem um presidente que detém a sua autoridade. Não há o que a Presidência do Senado tenha que fazer.”
A decisão do presidente da CPI da Covid pela prisão de Dias foi tomada sob o argumento de que o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde mentiu em seu testemunho ao colegiado.
“Presidindo o Senado dentro das suas muitas atribuições, não estou no dia a dia da CPI. Portanto, rendo aqui a minha confiança, a minha expectativa e o meu desejo de que o caminho dela seja virtuoso. Eu confio no Senador Omar Aziz, confio nos membros da CPI”, afirmou Pacheco.
Motivo da prisão
Aziz determinou a prisão de Dias porque áudios obtidos pelo colegiado mostraram que Dias mentiu ao dizer que se reuniu com Luiz Dominguetti, suposto vendedor de vacinas, por obra de uma coincidência.
Depois, o ex-diretor da Saúde mudou sua história e passou a afirmar que havia avisado o coronel Marcelo Blanco que estaria jantando no restaurante Vasto, em Brasília.
Mas áudios obtidos pela CPI da Covid e divulgados por O Antagonista e Crusoé mostraram que Dias mentiu. No material, de 23 de fevereiro, Dominguetti deixa claro que o encontro com Roberto Ferreira Dias foi combinado.
“A compra vai acontecer, tá? Estamos na fase burocrática. E em off, fique sabendo, quem vai assinar é o Dias mesmo, tá? Caiu no colo do Dias. E a gente já se falou, né? E quinta-feira [ou seja, dia 25] a gente tem uma reunião para finalizar com o ministério”.
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