Anvisa da aval para Farmacêutica EMS produzir concorrente da Ozempic
A autorização permitirá a produção de dois medicamentos: Olire, destinado ao tratamento da obesidade, e Lirux, direcionado ao diabetes tipo 2.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a produção no Brasil de medicamentos à base de liraglutida pela farmacêutica EMS, marcando um momento crucial para a empresa.
Essa aprovação coloca a companhia na vanguarda do segmento de análogos do GLP-1 (Ozempic), aumentando suas perspectivas de internacionalização.
O objetivo é estabelecer uma forte presença no mercado brasileiro e expandir globalmente, com expectativas de atingir faturamentos significativos nos próximos anos.
A autorização da Anvisa permitirá a produção de dois medicamentos: Olire, destinado ao tratamento da obesidade, e Lirux, direcionado ao diabetes tipo 2.
Projetados para entrar no mercado em 2025, esses medicamentos simbolizam a primeira incursão de uma empresa brasileira no mercado global de análogos do GLP-1.
Entretanto, o impacto desse avanço vai além das fronteiras nacionais, com projeções de faturamento bilionário tanto no Brasil quanto no exterior.
Propriedades e usos da Liraglutida
Os medicamentos Olire e Lirux, ambos baseados em liraglutida, funcionam replicando o hormônio GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1), que desempenha um papel fundamental na supressão do apetite e na regulação dos níveis de glicose no sangue.
Enquanto Olire é indicado para tratamento da obesidade e sobrepeso com comorbidades, Lirux é voltado para pacientes com diabetes tipo 2.
Ambos requerem injeções diárias, uma diferença chave em relação a outras alternativas, como a semaglutida, que permite injetáveis semanais.
Potencial do mercado para análogos do GLP-1
O mercado global de medicamentos para obesidade está em plena expansão, com estimativas que apontam um potencial de movimentação de até US$ 199 bilhões anualmente.
Paralelamente, o segmento de tratamentos para diabetes tipo 2 já alcançou mais de US$ 6 bilhões em movimentações até meados de 2023.
Esses números sublinham as oportunidades crescentes para medicamentos baseados em liraglutida e similares.
EMS vai atender esse segmento do mercado
A infraestrutura para atender à demanda desse mercado está em fase de finalização. A EMS inaugurou uma nova instalação em Hortolândia, São Paulo, em agosto de 2024, com uma área de 2,5 mil metros quadrados.
Com capacidade inicial para produzir até 20 milhões de unidades de canetas injetáveis por ano, a empresa planeja dobrar essa capacidade até março de 2025.
A produção envolverá tecnologia avançada e o uso de matérias-primas sintéticas para assegurar a pureza dos produtos.
Significado deste avanço para a EMS
A iniciativa não apenas fortalece a posição da EMS como líder no mercado farmacêutico brasileiro, mas também sinaliza a sua entrada no competitivo mercado global de análogos do GLP-1.
Com investimentos substanciais, incluindo financiamentos do BNDES, a empresa está posicionada para capturar uma parcela significativa desse mercado em ascensão.
Esse avanço é um marco para a EMS, alavancando sua capacidade de inovação e produção, e destacando-se como um exemplo de sucesso na indústria farmacêutica brasileira.
No panorama atual, a produção de medicamentos à base de liraglutida no Brasil pela EMS representa uma transformação significativa no mercado, impulsionando não apenas a competitividade da empresa, mas também potencializando a autossuficiência do país no setor farmacêutico.
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