Anvisa aprova edaravona, inovador tratamento para ELA
Descubra os avanços no tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) com a aprovação da Anvisa do medicamento edaravona. Saiba mais sobre a ELA e o impacto desse novo tratamento.
Após quase três décadas sem avanços significativos em relação ao tratamento da Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deu um passo importante na batalha contra essa doença. Em março de 2023, foi aprovado o uso da edaravona, medicamento que promete proteger os neurônios do estresse oxidativo e retardar a progressão da doença.
Como funciona o novo medicamento?
A edaravona, comercializada pela farmacêutica Daiichi Sankyo, age ao neutralizar moléculas instáveis conhecidas como radicais livres, que danificam as células nervosas. Com isso, espera-se uma desaceleração na deterioração neurológica dos pacientes.
Gabriela Prior, diretora de Assuntos Médicos e Acesso ao Mercado da Daiichi Sankyo Brasil, reforça a importância dessa conquista: “Há quase 30 anos não tínhamos um novo tratamento farmacológico aprovado no Brasil para pacientes com ELA”.
O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)?
A ELA é uma doença rara e degenerativa que afeta as células nervosas do cérebro e da medula espinhal responsáveis pelo controle dos músculos voluntários, causando incapacidade progressiva. Estima-se que no Brasil cerca de 6.000 pessoas convivam com a doença.
Desafio do Balde de Gelo
Relembrando a iniciativa que ganhou as redes sociais em 2014, o “Desafio do Balde de Gelo” foi uma campanha que levantou fundos para a pesquisa dessa doença, chegando a arrecadar cerca de 100 milhões de dólares. A campanha contribuiu para a descoberta de um gene associado à ELA.
Dificuldades no tratamento
Ainda que a aprovação da edaravona seja um passo significativo, o tratamento da ELA ainda é um desafio. Não há cura e os medicamentos disponíveis visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Para Gabriela Prior, da Daiichi Sankyo, é fundamental que o paciente também receba suporte multidisciplinar e que os familiares estejam envolvidos durante todo o processo.
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