Antonio Palocci na rede de Pascovitch
Milton Pascovitch é o operador das propinas pagas pela Engevix e pelo Estaleiro Rio Grande. Com a prisão de hoje, os procuradores da Lava Jato devem obter mais provas contra José Dirceu e Renato Duque. E, também, contra Antonio Palocci. Releia este post de três meses atrás:Antonio Palocci foi acusado de desviar 2 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff...
Milton Pascovitch é o operador das propinas pagas pela Engevix e pelo Estaleiro Rio Grande.
Com a prisão de hoje, os procuradores da Lava Jato devem obter mais provas contra José Dirceu e Renato Duque. E, também, contra Antonio Palocci.
Releia este post de três meses atrás:
Antonio Palocci foi acusado de desviar 2 milhões de reais para a campanha de Dilma Rousseff.
A Istoé desta semana corrige o número.
Segundo a Lava Jato, as consultorias feitas por Antonio Palocci, coordenador da campanha de Dilma Rousseff em 2010, foram usadas para desviar 100 milhões de reais. Repetindo: 100 milhões de reais.
Disse um procurador:
“Vamos demonstrar que, assim como José Dirceu, Antonio Palocci trabalhou para favorecer grupos privados em contratos feitos com a Petrobras e canalizou ao partido propinas obtidas a partir de recursos desviados da estatal”.
A Lava Jato investiga, em particular, os negócios de Antonio Palocci com a corretora imobiliária WTorre.
Em 2006, contando com a intermediação de Antonio Palocci, a WTorre comprou o Estaleiro Rio Grande. Até aquele momento, a corretora não tinha nenhuma relação com o setor naval. Alguns meses mais tarde, porém, a Petrobras arrendou o estaleiro comprado pela WTorre para a construção de oito plataformas marítimas. As plataformas não foram entregues, mesmo assim a WTorre embolsou 100 milhões de reais da Petrobras.
Antonio Palocci voltou a operar em favor do estaleiro em 2010. De acordo com os procuradores da Lava Jato, ele trabalhou ativamente na venda do Estaleiro Rio Grande da WTorre para a Engevix, em parceria com o Funcef, o fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal.
Depois de comprar o estaleiro, a Engevix obteve da Petrobras um contrato de 2,3 bilhões de dólares para a construção de três navios sonda. Pedro Barusco afirmou que esse negócio envolveu o pagamento de 60 milhões de reais em propinas, dos quais 40 milhões de reais teriam abastecido os cofres do PT.
A Istoé citou um dos procuradores da Lava Jato:
“Temos indícios de que durante anos o Estaleiro Rio Grande serviu como um poderoso braço para canalizar propinas do Petrolão e que essa parte do esquema seria comandada pelo ex-ministro Palocci”.
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