ANP autoriza empresa suspeita a exercer atividade de revendedora de combustíveis
Na mesma semana em que foi nomeado um dos quatro diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em outubro deste ano, José Cesário Cecchi autorizou uma empresa já investigada por ilícitos no setor de combustíveis a ser um TRR (Transportador-Revendedor-Retalhista), uma espécie de posto itinerante, que, em geral, garante o abastecimento em locais onde não é possível a instalação de postos...
Na mesma semana em que foi nomeado um dos quatro diretores da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em outubro deste ano, José Cesário Cecchi autorizou uma empresa já investigada por ilícitos no setor de combustíveis a ser um TRR (Transportador-Revendedor-Retalhista), uma espécie de posto itinerante, que, em geral, garante o abastecimento em locais onde não é possível a instalação de postos tradicionais.
A empresa Comtrol Comércio de Transportes e Cargas Ltda. recebeu o aval do recém-empossado diretor para exercer a atividade de TRR em Niterói, no Rio de Janeiro.
O principal sócio da empresa, Jorge Luiz Seixas Guinâncio, foi assassinado em 2000. Ele era acusado de ter relação com a chamada “Máfia do Óleo” ou “Máfia dos Combustíveis”, que roubava combustível de navios. Jorge Lambel, como conhecido, ainda aparece no quadro societário da companhia.
Fábio Guimarães Pinto Guinâncio, filho de Jorge e também sócio da Comtrol, foi denunciado em 2013 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro em razão de uma explosão em um estaleiro administrado pela empresa que resultou na morte de três funcionários. À época, o MP identificou uma série de irregularidades estruturais, operacionais e administrativas na Comtrol.
Na ANP, ninguém consegue entender por que o novo diretor autorizou um serviço de TRR para essa empresa.
Diário Oficial de 13 de outubro
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