Análise: Braga Netto e a nova intervenção
A troca de Onyx Lorenzoni pelo general Walter Souza Braga Netto na Casa Civil segue o plano de ajuste que Jair Bolsonaro traçou no fim do ano passado e antecipado por O Antagonista...
A troca de Onyx Lorenzoni pelo general Walter Souza Braga Netto na Casa Civil segue o plano de ajuste que Jair Bolsonaro traçou no fim do ano passado e antecipado por O Antagonista.
Para o presidente, o “eixo político” de seu governo falhou na coordenação dos demais ministros e na construção de uma base de apoio sistêmico, apesar dos cargos e bilhões em emendas liberados.
Caberá a Braga Netto assumir essa função de coordenador-geral do governo, cobrando resultado dos demais ministros. Algo semelhante com o que o general faz como chefe do Estado Maior do Exército.
Quem trabalhou com o militar ressalta sua “capacidade de articulação, facilidade de conversar e ouvir, identificando as expectativas de diferentes segmentos e dando rumo ao trabalho”. Isso ficou patente na intervenção federal no Rio, terreno pantanoso, repleto de armadilhas e interesses difusos.
Em Brasília, o desafio será ainda maior, uma vez que Braga Netto não poderá contar com a ‘estrutura militar’ que lhe deu suporte. Enquanto no Exército existe uma cultura organizacional de prestação de contas, na política prevalece o ‘cada um por si’.
Prestes a entrar para a reserva, o general segue o caminho de outros colegas que ampliam o núcleo militar do governo Bolsonaro, alijando os olavistas.
A posse de Braga Netto está marcada para a terça-feira, mas ele ainda terá de conduzir – com o comandante Edson Pujol – a reunião do Alto Comando que já estava marcada para a próxima semana.
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