Amorim admite que “solução pelo diálogo na Venezuela é difícil”
O ex-chanceler participou nesta quinta-feira, 15, de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado
O assessor internacional da Presidência, Celso Amorim, afirmou que o Brasil defende uma “solução negociada para o impasse político na Venezuela”. O ex-chanceler participou nesta quinta-feira, 15, de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores do Senado.
O país vizinho realizou “eleições” no final de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), ligado ao regime de Nicolás Maduro, reconheceu o ditador como vitorioso da farsa eleitoral. A oposição, liderada pelo candidato Edmundo González, afirma que saiu vencedora do pleito e cobra a divulgação da totalidade dos dados.
Segundo Amorim, o Brasil defende que a solução para o impasse deve ser interna, sem interferência externa. E que o diálogo, “embora difícil”, precisa ser tentado.
“A posição do Brasil obedece a princípios muito importantes: a defesa da democracia, a não ingerência em assuntos internos e a resolução pacífica de controvérsias. Por isso, temos insistido na publicação de atas. Não sei se isso agrada ou não o presidente Maduro, mas nós nunca deixamos de insistir na publicação das atas”, disse Amorim.
Apesar do endurecimento do regime de Maduro contra seus opositores, o assessor de Lula indicou que a “solução precisa ser construída pelos próprios venezuelanos”.
“Como disse o painel de especialistas da ONU, a transparência é essencial para a credibilidade de qualquer processo eleitoral. A solução precisa ser construída pelos próprios venezuelanos e não imposta de fora. O que nós podemos fazer é ajudar nesse diálogo”, continuou.
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