Amazonas decreta estado de emergência
O governo do Amazonas declarou emergência em vários municípios devido a eventos climáticos extremos. Níveis incomummente baixos nos rios causam preocupação e exigem ações urgentes.
Na última sexta-feira, o governo do estado do Amazonas anunciou estado de emergência em 20 municípios afectados gravemente por vazantes. Essas regiões, situadas nas calhas do Juruá, Purus e Alto Solimões, estão a enfrentar uma redução drástica nos níveis dos rios, algo fora do comum para a época do ano.
Esse fenômeno não é apenas uma variação natural, mas sim um alerta ambiental que demanda ações rápidas e eficazes. A comparação dos dados atuais com os dos anos passados demonstra uma mudança preocupante no padrão hidrográfico da região. Por exemplo, a cota do Rio Negro chegou apenas a 26,70 metros, bem abaixo dos 29,87 metros registrados em 2021.
Por Que a Declaração de Emergência é Vital?
De acordo com Wilson Lima, o governador do estado, declarar emergência é essencial para mobilizar e coordenar esforços não apenas no âmbito estadual, mas também para garantir apoio federal. Essa medida permite uma atuação mais ágil e dentro dos parâmetros legais necessários para uma resposta efetiva à crise atual.
Impactos das Medidas Emergenciais
Junto à declaração de emergência dos municípios afetados pelas vazantes, o governo também estendeu as ações para o Sul do estado e região metropolitana de Manaus ao decretar Emergência Ambiental. Isso inclui, entre outras coisas, a proibição total do uso de fogo, uma medida preventiva contra incêndios em um período de susceptibilidade agravada pela falta de chuvas.
Durante o primeiro mês de vigência destas medidas, a Operação Aceiro 2024, liderada pelo Corpo de Bombeiros Militar, já enfrentou mais de 560 focos de incêndio. Isso demonstra não apenas a importância, mas a eficácia das restrições impostas, salvaguardando assim, áreas de risco iminente.
Qual o Papel do Comitê de Enfrentamento à Estiagem?
Para consolidar e coordenar as iniciativas de resposta às adversidades climáticas, foi instituído o Comitê de Enfrentamento à Estiagem, composto por 33 secretarias e órgãos estaduais. Com a ajuda de um Comitê Técnico-Científico, o grupo tem uma missão crítica: a de assessorar e guiar as políticas públicas com foco na minimização dos efeitos da estiagem, atendendo as necessidades emergenciais de abastecimento de água potável, saúde pública, agricultura e educação.
Assim, o Amazonas busca adaptar-se e mitigar os efeitos deste fenômeno através de um trabalho contínuo e integrado, preparando-se melhor para as realidades impostas pelas mudanças climáticas extremas.
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