Alvo da PF, Econorte (Grupo Triunfo) desviou R$ 63 milhões de pedágios para empresas fantasmas
Além de Carlos Nasser, homem de confiança de Beto Richa, a PF também cumpre mandados contra a concessionária Econorte, do Grupo Triunfo, que usou Adir Assad e Tacla Durán em operações de lavagem de dinheiro...
Além de Carlos Nasser, homem de confiança de Beto Richa, a PF também cumpre mandados contra a concessionária Econorte, do Grupo Triunfo, que usou Adir Assad e Tacla Durán em operações de lavagem de dinheiro.
A Econorte já foi alvo de operação anterior da Lava Jato, que descobriu depósito de R$ 1 milhão em favor do operador Rodrigo Tacla Durán, entre 2012 e 2014. Outras empresas do grupo Triunfo pagaram mais R$ 5 milhões para o advogado, hoje refugiado na Espanha, e outros R4 26 milhões a Adir Assad.
Dados da quebra de sigilo bancário judicialmente autorizado demonstraram que, entre 2005 e 2015, a concessionária recebeu aproximadamente R$ 2,3 bilhões provenientes de tarifas pagas pelos usuários.
Deste valor, R$ 343 milhões foram repassadas para uma subsidiária integral em contratos de conservação de rodovias. Da subsidiária integral, R$ 110 milhões foram repassados a holding do grupo e, pelo menos R$ 63 milhões a empresas de fachada ou sociedades cuja prestação de serviços ou entrega de produtos não foi comprovada.
Superfaturamento das obras e aumento de tarifa – Perícias técnicas realizadas pelo MPF demonstram que há superfaturamento nos valores das obras das concessionárias constantes na proposta comercial.
Conforme o laudo técnico, que utilizou como parâmetro a tabela SINAPI, da Caixa Econômica Federal, em alguns itens das planilhas o sobrepreço chegou a 89% em relação ao valor de mercado. De acordo com o MPF, essa “gordura” era usada para pagamentos indevidos.
O MPF sustenta que esses pagamentos fazem parte de um gigantesco esquema de fraudes realizadas pelos administradores da concessionária em conluio com agentes públicos.
Em fiscalização da Receita Federal que abrangeu somente os últimos três anos, houve desconsideração de R$ 56 milhões gastos pela subsidiária da concessionária em serviços fictícios.
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