Alterações climáticas provocam queda na próxima safra brasileira de grãos
Descubra como as alterações climáticas estão impactando a safra de grãos no Brasil, levando à queda na produção e infestação de pragas nas lavour
As condições climáticas estão tendo um grande impacto na próxima safra de grãos no Brasil, levando a uma queda significativa nas estimativas. A instabilidade climática na região do Centro-Oeste tem causado preocupação entre os agricultores, já que esta situação favorece a infestação de pragas nas lavouras.
Ameaça de pragas nas lavouras
Os agricultores, como Thiago Minuzi, já terminaram a colheita da soja com produções inferiores ao esperado devido à falta de chuvas. No entanto, a maior ameaça vem na forma de um visitante indesejado, o percevejo barriga verde, uma praga mais comum no milho, mas que este ano tem afetado as plantações de soja. Esta praga tem a capacidade de matar os grãos, impactando a produtividade das lavouras.
Infestação em Cáceres
Em Cáceres, o município com o maior número de cabeças de gado do estado, as pastagens dos animais foram atacadas por lagartas. A situação é tão severa que os pecuaristas recordam que nunca houve uma infestação de lagartas tão alta quanto à atual.
O desequilíbrio ambiental na região, causado principalmente pelos incêndios no Pantanal, está tendo um impacto significativo. Devido a essas condições irregulares de chuva, os pecuaristas estão tendo que produzir alimentos de forma estratégica para a época de seca.
Prevendo a próxima safra brasileira
Segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a produção de grãos na próxima safra deverá ser cerca de 7,6% menor em comparação com a safra anterior. A estimativa é que a produção chegue perto dos 300 milhões de toneladas. Apesar da queda, se esta estimativa se confirmar, será a segunda maior safra da série histórica da Conab, iniciada na década de 1970.
Mudanças climáticas
Mato Grosso, o maior produtor de grãos do país, também tem sofrido com a estiagem prolongada. Atualmente, 44 municípios do estado estão em situação de emergência. Rodrigo Marques, professor da Universidade Federal de Mato Grosso, alerta que as mudanças climáticas estão se acelerando e prevê que será cada vez mais difícil prever as ondas de calor devido à sua frequência crescente.
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