Alexandre Saraiva, na Crusoé: “Temos pouco tempo para evitar que a Amazônia se transforme no Rio”
O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva tornou-se conhecido nacionalmente ao apresentar uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, lembra Crusoé...
O delegado da Polícia Federal Alexandre Saraiva tornou-se conhecido nacionalmente ao apresentar uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal contra Ricardo Salles, então ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, lembra Crusoé. Segundo ele, o ministro estaria envolvido em uma apreensão de madeira ilegal que poderia encher 7,5 mil caminhões.
Este ano, Saraiva conta a experiência no livro Selva: madeireiros, garimpeiros e corruptos na Amazônia sem lei. Em entrevista ao jornalista Guilherme Mendes, de Crusoé, ele afirma que a madeira ganhou importância ainda maior para as organizações criminosas.
“O grande problema hoje é a madeira. Se a gente conseguir controlar a madeira ilegal, a gente consegue controlar o desmatamento como um todo. Hoje a principal mola econômica é a madeira”, afirma.
Para Saraiva, a falta de uma ação efetiva por parte do Estado brasileiro pode deixar a área totalmente à mercê do crime organizado. “Hoje a Amazônia está num estado em que, se não forem tomadas medias efetivas de combate ao crime organizado naquela região, nós podemos ter no futuro, daqui dez ou 20 anos, um Rio de Janeiro de tamanho continental“, explica.
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