O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) ampliou o alerta vermelho, destacando o risco extremo de calor e a crítica baixa umidade que já impacta nove estados brasileiros. A situação mais grave se concentra na região central do país, especialmente em Mato Grosso, onde os termômetros têm registrado temperaturas recordes.

O alerta vermelho emitido pelo Inmet indica uma onda de calor com potenciais riscos significativos à saúde, caracterizada por temperaturas que excedem em 5°C a média habitual por mais de cinco dias consecutivos. Este alerta permanece em vigor a apartir quarta-feira, 21, até sexta-feira, 23, abrangendo diversas regiões do Brasil.

Entre os estados mais afetados estão Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, no Centro-Oeste; Rondônia, no Norte; Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, no Sudeste; e Paraná e Santa Catarina, no Sul. O mapa divulgado pelo Inmet revela que essas regiões estão sob risco severo de calor extremo, com impactos diretos sobre a saúde da população.

Recordes de temperatura em Cuiabá

Em Mato Grosso, a cidade de Cuiabá tem registrado sucessivos recordes de temperatura máxima. Entre quarta, 21, e quinta-feira, 22, a capital terá mínimas de 28°C e máximas de 41°C. A previsão para sexta-feira, 23, é ainda mais preocupante, com a possibilidade de os termômetros atingirem 42°C.

No entanto, uma leve queda nas temperaturas é esperada para sábado, quando a máxima deve cair para 38°C, com o calor intenso encerrando no domingo, 25, quando a mínima prevista é de 16°C e a máxima de 26°C.

Alerta para baixa umidade

Além do calor, Cuiabá também enfrenta um período de baixa umidade, com índices variando entre 10% e 30% entre quarta e sexta-feira, níveis considerados extremamente baixos e perigosos pelo Inmet. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa ideal para o bem-estar humano situa-se entre 50% e 60%.

A área atingida pela baixa umidade se estende pela região central de Goiás, incluindo a capital Goiânia, partes de Mato Grosso, como a capital Cuiabá e o Pantanal ao sul do estado, além de municípios no centro de Mato Grosso do Sul. No Sudeste, o alerta vermelho se aplica a regiões de Minas Gerais, como o Triângulo Mineiro, e a cidades do interior de São Paulo, como Ribeirão Preto, Bauru, Araçatuba e Presidente Prudente.

Durante esse período, o Inmet alerta para os riscos potenciais de incêndios florestais e impactos adversos à saúde, incluindo problemas respiratórios e dores de cabeça. Órgãos de saúde recomendam à população das áreas afetadas que mantenha-se hidratada, evite exposição ao sol nas horas mais quentes, use hidratantes para a pele e evite bebidas diuréticas, como café e álcool.

Fumaça da Amazônia atinge dez estados

No centro do país, a fumaça proveniente de incêndios na Amazônia e no Pantanal já se espalhou por dez estados, gerando preocupações adicionais.

Essa situação pode persistir até o final da semana, quando uma frente fria deve alterar a direção dos ventos, potencialmente levando a fumaça para outras regiões do Sul e Sudeste, ou mesmo de volta ao Norte, aumentando a área afetada.

Se isso ocorrer, cidades do Amazonas, Acre e Rondônia podem sofrer com a má qualidade do ar, agravando ainda mais as condições já difíceis enfrentadas pela população.