O Guaíba, importante curso d’água do Rio Grande do Sul, ultrapassou a cota de alerta nas proximidades do Cais Mauá, atingindo 2,62 metros na manhã desta quinta-feira, 20, e causando novos alagamentos.

Os novos alagamentos são consequência de uma série de fatores interligados que merecem atenção.

Após uma fase de baixa, onde os níveis caíram para menos de 1,80 metro em meados de junho, o Guaíba encontra-se agora a apenas 38 cm da cota de transbordamento no local.

Comparativamente, o nível médio histórico para este mês é de apenas 1,02 metro.

O que leva ao aumento do nível do Guaíba?

Dois principais rios contribuem de maneira significativa para a atual condição do Guaíba: o Rio Taquari e o Rio Caí.

Aumentos significativos na vazão destes afluentes foram registrados, sendo de 24 metros em Estrela e 14 metros em São Sebastião do Caí, respectivamente.

Além disso, chuvas intensas na região ampliaram o volume de água chegando ao Guaíba através de outros afluentes, como os rios Jacuí, Sinos e Gravataí.

O que acontece quando os rios transbordam?

Quando o nível dos rios que desaguam no Guaíba sobe demais, há um risco iminente de transbordo, o que pode causar inundações nas áreas mais baixas próximas ao rio, principalmente nas ilhas.

Com o solo saturado de água e sem capacidade de absorção, mesmo uma chuva não tão intensa pode resultar em enchentes.

Isso acaba afetando diretamente a vida dos moradores locais, causando danos materiais e exigindo medidas de emergência por parte das autoridades.

Medidas para lidar com as enchentes

• Monitoramento constante dos níveis dos rios;
• Instalação de barreiras físicas para conter a água em áreas críticas;
• Emissão de alertas à comunidade através de diversos canais de comunicação;
• Plano de evacuação eficiente para as áreas mais vulneráveis.

É essencial que os órgãos competentes mantenham uma vigilância ativa sobre essas mudanças no nível do Guaíba e seus afluentes, especialmente durante períodos de chuva intensa, de modo a proteger as comunidades e infraestruturas das áreas de risco.

Finalmente, a prevenção é a melhor estratégia contra desastres naturais.

Investimentos em infraestrutura, como melhoria dos sistemas de drenagem e construção de diques, são fundamentais para garantir a segurança dos habitantes da região metropolitana de Porto Alegre e das ilhas do Guaíba.