Alerta máximo: Retorno do vírus tipo 2 da Dengue em Belo Horizonte pode causar epidemia
Belo Horizonte enfrenta alerta de epidemia pela volta do vírus da dengue tipo 2.
Belo Horizonte se encontra à beira de uma epidemia da dengue, causada pelo retorno do tipo 2 do vírus, após 20 anos de ausência na cidade. Segundo a prefeitura, exames confirmaram a presença do vírus, cuja circulação foi anunciada nesta quarta-feira (31) pelo secretário municipal de Saúde, Danilo Borges.
Epidemia prestes a ser declarada
“Houve um aumento no número de casos da doença. Hoje, estamos com 211 ocorrências a cada 100 mil habitantes, ou seja, estamos prestes a declarar uma epidemia”, alertou o secretário municipal de Saúde. Até o momento, a cidade confirmou cerca de 20 casos da doença do tipo 2 e 4 registros do tipo 3.
Ainda desconhece-se como o vírus reapareceu, mas a principal preocupação, segundo Borges, é o reforço na transmissão de um sorotipo diferente ao anterior. O fato do tipo 2 não circular há mais de 20 anos deixa a população mais suscetível pela falta de imunidade, explicou.
Atendimento ampliado
Para conter o avanço dos números e prevenir casos graves, a prefeitura planeja estender o atendimento à saúde. Segundo a Prefeitura, haverá funcionamento de cinco centros de saúde no fim de semana, mais de 600 profissionais vão aumentar o atendimento nas unidades de pronto atendimento (UPAs). Além disso, dois centros de atendimento à dengue serão abertos na Região Centro-Sul e em Venda Nova, junto a uma unidade focada em reidratação.
Vacina contra a dengue
O Ministério da Saúde ainda está em negociações para receber doações de vacinas contra a dengue. Com isso, a quantidade de doses pode chegar a 6 milhões.
Alerta 2024
O Ministério da Saúde apresentou uma projeção de casos de dengue para 2024, destacando que Minas Gerais tem “potencial epidêmico” de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, responsável pela dengue, zika e chikungunya. Com a chegada do período chuvoso e das altas temperaturas, historicamente, o número de casos dessas doenças aumenta significativamente. Isso é potencializado pelas mudanças climáticas e os efeitos do fenômeno El Niño.
Para além dos cuidados habituais, a população deve continuar a seguir as orientações para evitar a proliferação do mosquito e proteger-se das doenças por ele transmitidas.
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