Alerta de qualidade do ar no Rio Grande do Sul: Veja as recomendações
A maior parte do estado está com a qualidade do ar variando entre ruim e muito ruim.
A MetSul Meteorologia emitiu um alerta sobre a qualidade do ar no Rio Grande do Sul. As condições no estado já são ruins e devem persistir no início da semana, afetando especialmente os grupos sensíveis.
A recomendação é utilizar máscaras para se proteger.
Os dados de qualidade do ar, baseados em modelagens numéricas e estimativas por satélite, indicam uma situação preocupante.
A maior parte do estado está com a qualidade do ar variando entre ruim e muito ruim. Somente o extremo sul do estado, nas regiões do Chuí e de Santa Vitória do Palmar, apresenta melhores condições.
Índices de qualidade do ar (AQI) no Rio Grande do Sul
Conforme o Índice de Qualidade do Ar (AQI) da agência ambiental dos Estados Unidos (EPA), os valores observados no Rio Grande do Sul são alarmantes.
Cidades como Porto Alegre, Passo Fundo e Caxias do Sul apresentam índices que variam de 106 a 156.
Mas, o que esses números significam?
Pela tabela de AQI:
Bons (0-50, verde): qualidade do ar satisfatória.
Moderados (51-100, amarelo): qualidade aceitável, mas pode haver risco para pessoas sensíveis.
Maus (101-150, laranja): insalubre para grupos sensíveis.
Insalubres (151-200, vermelho): risco aumentado de efeitos na saúde para toda a população.
Muito Insalubres (201-300, púrpura): condições muito insalubres para todos.
Causas da deterioração da qualidade do ar
O principal culpado pela deterioração da qualidade do ar no Rio Grande do Sul é a grande quantidade de fumaça proveniente do sul da região amazônica, especialmente do sul do Amazonas, Pará, Mato Grosso e Bolívia.
A queima intensa de biomassa nessas regiões resultou em uma significativa emissão de material particulado.
Neste sábado, um grande incêndio no norte do Paraguai também contribuiu para a má qualidade do ar no estado.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, apenas ontem foram identificados 4.585 focos de calor no Brasil, totalizando 25.332 focos nos primeiros seis dias de setembro.
A Amazônia registrou 2.536 focos somente ontem, enquanto o Pará e o Mato Grosso juntos somaram 1.697 focos.
Como a fumaça chega ao Rio Grande do Sul?
A fumaça é transportada para o estado por correntes de vento de norte para sul, incluindo um corredor de jato em baixos níveis que se origina no sul da Amazônia.
Este corredor de vento, a cerca de 1.500 metros de altitude, faz com que a fumaça desça até o território gaúcho.
A grande quantidade de fumaça transformou a paisagem do Rio Grande do Sul, com céus acinzentados e o sol aparecendo laranja e vermelho devido ao excesso de material particulado em suspensão.
Quais as recomendações para a população?
As autoridades recomendam algumas precauções para minimizar os impactos da poluição do ar:
- Uso de máscaras ao sair de casa.
- Manter portas e janelas fechadas, incluindo as do carro.
- Evitar atividades físicas ao ar livre; preferir locais fechados e bem ventilados.
- Utilizar lágrimas artificiais para aliviar a ardência e secura nos olhos.
- Usar umidificadores ou, na falta, bacias com água e toalhas molhadas para umidificar o ambiente.
A poluição do ar é uma questão séria e é, de acordo com especialistas, a maior ameaça ambiental à saúde pública global, responsável por mais de 8 milhões de mortes prematuras todos os anos.
Portanto, é essencial seguir as recomendações para minimizar os riscos à saúde.
Fonte: MetSul Meteorologia
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)