Alcolumbre vai colocar impeachment de Moraes em votação?
O senador é o favorito para substituir Rodrigo Pacheco na presidência do Senado a partir de fevereiro
Favorito para ocupar a presidência do Senado no lugar de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a partir de fevereiro, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) não deve colocar nenhum dos mais de 20 pedidos de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em votação, registrou O Globo.
Segundo o jornal, quando questionado por parlamentares e integrantes do Judiciário sobre a possibilidade, o senador tem respondido que a chance é ‘zero’.
“Aliados de Alcolumbre afirmam que ele tem relação próxima e de amizade com Moraes. Eles apontam que os nomes do STF mais distantes do senador são o presidente da corte, Luís Roberto Barroso, que já foi relator da ação de suposta prática de rachadinha no gabinete de Alcolumbre, e André Mendonça, que enfrentou a oposição do parlamentar na sua sabatina”, diz o jornal.
‘Superpedido’ de impeachment de Moraes
Parlamentares da oposição protocolaram, em 9 de setembro, um ‘superpedido’ de impeachment do ministro Alexandre de Moraes por de abuso de poder, violação de direitos constitucionais e negligência.
Mais de 150 dos 513 deputados e cerca de 1,5 milhão de brasileiros assinaram o pedido. Senadores estão fora do grupo de signatários, uma vez que serão os julgadores do processo de impeachment.
“As ordens de censura, calando a cidadania brasileira e cometendo toda sorte de abusos, arbítrios e arbitrariedades sob a pretensa justificativa de preservar a ‘democracia’ vêm, desta vez, do Poder Judiciário. As situações narradas ao longo desta peça que, apesar de longa, é ainda muito concisa em face do número já incontável de crimes de responsabilidade cometidos pelo Denunciado, ministro Alexandre de Moraes, demonstram que suas ações solapam, no mínimo, três dos maiores fundamentos de uma democracia: o direito à existência de oposição sem censura; o funcionamento regular do Congresso Nacional sem que haja interferências indevidas no trabalho da representação parlamentar eleita pelo voto popular; e o respeito irrestrito à Constituição e às leis para a preservação do Estado de Direito”, diz o pedido.
A ação faz referência não apenas à suspensão do X mas também à censura da reportagem “O amigo do amigo do meu pai”, de Crusoé, publicada em 2019. O texto está aberto a não assinantes.
“Da proibição de circulação e censura de uma única revista em 11 de abril de 2019, que trazia graves denúncias de corrupção envolvendo um ministro da Suprema Corte Brasileira até a censura prévia de todo o povo brasileiro com o bloqueio recente da plataforma de rede social X, com mais de 22 milhões de usuários no país: a escalada autoritária do ministro Alexandre de Moraes é estarrecedora e, lamentavelmente, hoje de conhecimento internacional. Ao incluir o Brasil no asqueroso e pequeníssimo grupo de ditaduras como China, Rússia e Irã, que não permitem ao seu povo a utilização do antigo Twitter, Alexandre de Moraes dobrou sua aposta contra o povo brasileiro”.
Leia o pedido na íntegra.
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