Alckmin entra em campo para defender Moraes: “Absoluto rigor ético”
Vice-presidente comentou caso da Vaza Toga e disse que o "Brasil deve muito” ao ministro da Corte
Além de integrantes do PT, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) também saiu em defesa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em função do escândalo da Vaza Toga. Para Alckmin, “o Brasil deve muito” ao ministro da Corte.
“Tem absoluto rigor ético, compromisso e o Brasil deve muito ao Alexandre de Moraes, a sua firmeza na condução do processo eleitoral”, disse Alckmin durante evento em Goiânia nesta quarta-feira, 14.
Alckmin relembrou a trajetória de Moraes como secretário da Justiça em São Paulo, secretário paulista da Segurança Pública e ministro da Justiça até chegar à Suprema Corte, indicado pelo ex-presidente Michel Temer (MDB).
“Eu conheço o Alexandre de Moraes há décadas. Foi secretário da Justiça do estado de São Paulo. Aliás, ele era membro do Ministério Público naquela época e já dizia: ‘não pode, quem entrou depois da Constituição de 88, acumular [cargos]’, então ele pediu demissão”, disse Alckmin.
A Vaza Toga
Mensagens de WhatsApp trocadas entre assessores de Alexandre de Moraes, que indicam o uso “fora do rito” do Tribunal Superior Eleitoral para avançar o inquérito das fake news no Supremo Tribunal Federal.
Segundo o jornal Folha de São Paulo, o setor de combate à desinformação do TSE forneceu material ao gabinete de Moraes no STF.
“As mensagens revelam um fluxo fora do rito envolvendo os dois tribunais, tendo o órgão de combate à desinformação do TSE sido utilizado para investigar e abastecer um inquérito de outro tribunal, o STF, em assuntos relacionados ou não com a eleição daquele ano“, diz o jornal.
As trocas de informação ocorriam pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.
De acordo com a reportagem, o “maior volume de mensagens com pedidos informais” envolveu o então chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, e o “assessor mais próximo de Moraes no STF”, o juiz instrutor Airton Vieira.
“As mensagens mostram que Airton Vieira (STF) pedia informalmente via WhatsApp ao funcionário do TSE relatórios específicos contra aliados de Jair Bolsonaro (PL). Esses documentos eram enviados da Justiça Eleitoral para o inquérito das fake news, no STF.”
O jornal afirma ter acesso a mais de 6 gigabytes de mensagens e arquivos de assessores de Moraes, incluindo Vieira, que é o primeiro auxiliar do gabinete do ministro no Supremo.
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