Alckmin defende Moraes: “democracia tem dívida de gratidão”
"Não sou jurista, mas acho que o ministro Alexandre de Moraes, a sua firmeza, salvou a democracia", disse o vice-presidente, Geraldo Alckmin
O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, declarou apoio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, pela decisão de suspender a rede social X (antigo Twitter) em todo o Brasil. Em entrevista à Folha de S.Paulo, Alckmin enfatizou que “não é porque [Elon Musk] é bilionário que [o empresário] não precisa cumprir a lei”.
Para ele, “a democracia tem uma dívida de gratidão com o ministro Alexandre de Moraes”.
Ao ser questionado sobre o impacto da decisão na imagem do Brasil no exterior, o vice-presidente foi categórico. “Não sou jurista, mas acho que o ministro Alexandre de Moraes, a sua firmeza, salvou a democracia”, defendeu Alckmin.
O vice-presidente acrescentou que “no regime democrático, as regras são para todos. Ninguém está acima da lei. Só mostra que o Brasil é um país democrático e isso é importante para investimento, porque é nas democracias que você tem segurança jurídica”.
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou na última sexta-feira, 30, a “suspensão imediata” da rede social X no Brasil. A decisão foi tomada após a plataforma não indicar um representante legal no país.
Por determinação de Moraes, o X tinha até às 20 horas e 7 minutos de quinta-feira, 29, para apresentar um nome.
O X, do bilionário Elon Musk, expôs no domingo, 1º, detalhes da decisão sigilosa do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que culminou na suspensão “imediata, completa e integral” da rede social no Brasil.
Proferida em 7 de agosto pelo magistrado, a ordem não cumprida determinava o bloqueio de usuários ligados ao blogueiro Allan dos Santos e o senador Marcos do Val (Podemos-ES) por integrarem uma “campanha de intimidação” a policiais federais.
Nessa campanha, o grupo teria disseminado dados pessoais e fotografias dos policiais e familiares nas redes sociais.
“Constatou-se que diversas pessoas passaram a aderir à campanha de intimidação dos policiais federais, iniciada por Allan dos Santos, por meio do envio de e-mails anônimos, de exposição de dados pessoais, de publicações de fotografias dos policiais e/ou de seus familiares em redes sociais”, afirmou o relatório que pedia os bloqueios.
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