Alckmin abre Agrishow, mas público não pode entrar
Edição deste ano inovou e, pela primeira vez em 29 anos, realizou a abertura da feira sem público e um dia antes do início evento
Em evento fechado para imprensa e expositores na “cerimônia de abertura” da Agrishow deste ano, o vice-presidente Geraldo Alckimin, ao lado dos ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Luciana Santos (Ciência, Tecnologia e Inovação), destacou as iniciativas do governo para o agro, mas evitou falar sobre a inauguração da feira sem a presença de visitantes.
O vice-presidente falou sobre uma linha de financiamento para pesquisa, desenvolvimento e inovação com juros de TR mais 4%, lembrou a proposta da lei de depreciação acelerada e de criação da LCD (Letra de Crédito do Desenvolvimento), que prevê condições especiais de Imposto de Renda para Pessoas Físicas e Jurídicas, além dos 3,5 bilhões de reais de crédito do governo para iniciativas de descarbonização da frota brasileira.
“Metade da exportação brasileira é agro, mas precisamos encontrar mais mercados. Estamos indo no fim de maio para Arábia Saudita e China para abrir mais mercados aos nossos produtos”, afirmo durante uma cerimônia esvaziada com cerca de 400 participantes e diversas cadeiras vazias.
Após os discursos Alckmin falou com a imprensa em um dos estandes da feira preparado para receber os representantes do governo. O restante do espaços de exposição ainda estão nos preparativos finais para a abertura de facto do evento nesta segunda-feira, 29.
A feira de agronegócios, realizada em Ribeirão Preto, inovou na edição de 2024 com uma solenidade de abertura antes do início do funcionamento dos estandes do evento e sem público. Tudo para evitar constrangimentos como o ocorrido na edição do ano passado, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro monopolizou as atenções e provocou o “desconvite” ao ministro Fávaro.
Desta vez, Bolsonaro prometeu estar no evento no primeiro dia da Agrishow com público, nesta segunda-feira, 29. Mesmo assim, o ex-presidente marcou, para o mesmo horário da fala de Alckmin na feira, uma manifestação em uma das principais esquinas de Ribeirão Preto, o encontro entre as avenidas Getúlio Vargas e João Fiuza.
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