Ala lulista do MDB aciona Justiça para impedir confirmação de candidatura de Simone Tebet
A ala lulista do MDB, encabeçada pelo senador Renan Calheiros (AL), pretende ingressar com uma série de ações na Justiça Eleitoral de alguns Estados para impedir que a convenção nacional do partido aprove a candidatura de Simone Tebet à Presidência da República...
A ala lulista do MDB, encabeçada pelo senador Renan Calheiros (AL), pretende ingressar com uma série de ações na Justiça Eleitoral de alguns Estados para impedir que a convenção nacional do partido aprove a candidatura de Simone Tebet à Presidência da República.
Segundo a ala lulista do MDB, a executiva nacional da sigla não teria como garantir a imparcialidade e o sigilo das votações em reunião virtual. Durante a convenção, o MDB vai utilizar a plataforma zoom, a mesma contratada pelo Senado Federal para as votações em plenário ao longo da pandemia de Covid.
Os advogados de Renan Calheiros argumentam que, justamente pela falta de privacidade da plataforma, o Senado convoca sessões presenciais de autoridades e embaixadores. É com base nessa premissa que a defesa de Renan tentará adiar a convenção nacional do partido, marcada para o próximo dia 27 de julho.
“Sem diálogo, sem avaliações realistas sobre o desempenho da pré-candidatura, sem competitvidade nas pesquisas é insanidade sacrificar o MDB nos estados. A persistir a obsessão não restará alternativa senão a judicialização da própria convenção”, disse há pouco Renan Calheiros pelas redes sociais.
A aproximação entre Lula e MDB foi criticada por Ciro Gomes. Na última quarta (20), em entrevista coletiva após o PDT homologar sua candidatura ao Planalto, ele afirmou:
“Tem me chocado a absoluta falta de comportamento democrático do Lula ao tentar destruir as organizações partidárias. O que o Lula está fazendo com a Simone Tebet é fascismo. Aliciar uma banda de ladrões do MDB para tirar o direito da senadora ser candidata é puro fascismo.”
O advogado da executiva nacional do MDB, Renato Ramos, afirmou a O Antagonista que, ao contrário do que alega a ala lulista do partido, é perfeitamente legal a realização de uma convenção virtual para homologar a candidatura de Simone Tebet à Presidência da República.
“O TSE permite que as convenções sejam virtuais. Não há vedação quanto a isso. Nós contratamos uma empresa em que consta a obrigação de garantir o sigilo do voto. Isso está garantido. Outros estados já fizeram convenções assim, em São Paulo, por exemplo”, disse Ramos a este site.
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