Ainda sem explicação
A revista Veja fez uma reportagem de quatro páginas sobre o uso eleitoral que o governo petista queria fazer com a lista de clientes brasileiros do HSBC de Genebra. Um episódio vergonhoso...
A revista Veja fez uma reportagem de quatro páginas sobre o uso eleitoral que o governo petista queria fazer com a lista de clientes brasileiros do HSBC de Genebra. Um episódio vergonhoso.
Na reportagem, a revista diz que não é crime manter contas bancárias no exterior, desde que declaradas à Receita Federal. Isso está claro. Os dois editores deste jornal online, por exemplo, têm contas no exterior. Um na Itália, porque mora em Veneza; o outro na França, porque morou em Paris, onde ainda mantém residência por razões familiares. Ambos declaram todos os anos as suas contas ao Fisco — italiano, no caso do primeiro; brasileiro, no caso do segundo. Nenhum tem ou teve contas em paraíso fiscal.
Ninguém é obrigado a revelar dados da sua vida privada. Mas, quando o nome de um jornalista surge numa lista produzida por um escândalo mundial de sonegação, é recomendável que ele e o veículo em que trabalha não deixem margem a suspeitas que possam prejudicar a credibilidade tanto de um como de outro. Se não o fazem, as suspeitas ficam no ar.
O Antagonista admira a Veja. Por isso mesmo, acha uma pena que a revista não tenha explicado o fato de o colunista José Roberto Guzzo constar da lista do HSBC de Genebra. A única reação da Veja à pergunta legítima que fizemos na semana passada foi retirar o nome de Diogo Mainardi da sua lista de colaboradores. Por decisão própria, Diogo Mainardi já não colaborava com a revista havia tempo, como sabem os seus leitores.
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