Ainda há trechos secretos no inquérito das fake news
Ainda há dois apensos do inquérito das fake news que não são de conhecimento de ninguém de fora do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Nem a PGR, a PF ou os demais ministros, muito menos os envolvidos e seus advogados...
Ainda há dois apensos do inquérito das fake news que não são de conhecimento de ninguém de fora do gabinete do ministro Alexandre de Moraes. Nem a PGR, a PF ou os demais ministros, muito menos os envolvidos e seus advogados.
O inquérito inconstitucional possui 74 apensos, sendo os 72 e 73 classificados como secretos. Cada um se refere a alvos da investigação, provavelmente pessoas com prerrogativa de foro que ainda não sofreram diligências ostensivas.
O detalhe foi percebido por causa da ordem do arquivamento dos itens do inquérito. Depois da deflagração da operação contra os membros do gabinete do ódio, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi incluído no inquérito por causa de tuítes falando em prender os ministros. Seu apenso recebeu o número 71.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, virou investigado também por dizer que os ministros deveriam ser presos. O apenso dele é o 74.
Amanhã, o Supremo retoma o julgamento de uma ação que pede o trancamento do inquérito.
Depois do voto do ministro Luiz Edson Fachin, Alexandre de Moraes pediu para fazer um “esclarecimento de fato”: embora o procurador-geral Augusto Aras tenha alegado que o inquérito era secreto até mesmo para o Ministério Público, o ministro já havia enviado a íntegra dos autos à Procuradoria e permitido que as defesas dos investigados tirassem cópia dos trechos referentes a seus clientes.
Agora se sabe que não é bem assim.
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