Agamenon: O rei do cangaço!
Não aguento mais escrever sobre a política brasileira! Eu gostaria de entreter os meus dezessete leitores e meio (não se esqueçam do anão!) com temas palpitantes: assassinatos misteriosos, traições ignóbeis...
Não aguento mais escrever sobre a política brasileira!
Eu gostaria de entreter os meus dezessete leitores e meio (não se esqueçam do anão!) com temas palpitantes: assassinatos misteriosos, traições ignóbeis, negociatas bilionárias, enriquecimentos súbitos, viagens em jatinhos, louras siliconadas, charutos cubanos, jantares faustuosos, joias verdadeiras, documentos falsos e malas cheias de dinheiro.
Mas qual! O Sr. Mainardi, o Doge de Veneza, e o Sr. Sabino, o Duque do Itaim, me obrigam a escrever sobre a política brasileira: árida, insípida, inodora e incolor. Monótona como a vida de um aposentado na Noruega.
Mas o que fazer? – indagaria Lenine, o compositor pernambucano. Sou um escravo dos meus patrões insaciáveis, que nada me pagam, mas, justiça seja feita, jamais me atrasaram um dia de salário. Assim vou mourejando dia após dia, semana após semana, tal e qual um Sísifo do alfabeto, empilhando vocábulos, boutades e tirades para tudo recomeçar na segunda-feira.
Enquanto isso, a minha colega Cláudia Cruz, jornalista de uma notícia só – “…este celular se encontra desligado ou fora da área de cobertura…” –, foi visitar o marido Dedurado Cunha nas instalações da Polícia Federal em Curitiba. Trajando um discreto Dior, Cláudia levou a tiracolo o consagrado arquiteto Chicô Gouvêa. A Sra. Cunha planeja “dar um tapa” de bom gosto e sofisticação nos aposentos do marido. Enquanto isso, o milionário Marianinho Marcondes Ferrou, homem do jet set internacional, foi preso quando embarcava para Londres.
Renan Calheiros está certo. Estamos voltando aos anos tenebrosos da Ditadura Militar. O senador Renan Canalheiros, apesar de ser um coronel das Alagoas, teme a volta dos militares, da tortura e do pau de arara. Ora, senador, todo mundo sabe que o pau de arara só tem um sentido: do Nordeste para o Sudeste, de fora para dentro em movimentos ritmados e crescentes. Nem de longe passa por Brasília.
Reinan Calheiros, sempre preocupado com a Saúde, tem medo de que o Judiciário e os seus agentes cometam excessos no exercício do Poder levando a República a um enfarte do miocárdio. Renan conhece a Justiça brasileira, só no Supremo Tribunal Federal tem nove processos, sendo que um é por justificar com notas frias o pagamento de mulheres quentes. Mas, até aí, nada de mais.
Renan Calheiros, uma espécie de cangaceiro moderno, é perseguido pela Volante da Polícia Federal. Em vez de açoitar em Angico, no sertão, prefere o cerrado federal, onde se sente mais seguro. Político liberal, a sua ex-Maria Bonita já posou pelada para a Playboy.
O problema é que Renan Calheiros insiste em marcar uma reunião entre os três poderes para acertar o assunto. O presidente Temer representando o Executivo. Renan representando o Legislativo e a Dra. Cármen Lúcia representando o Judiciário. Mas o presidente do Senado quer ser escoltado por seus capangas da Policia do Congresso. A presidenta do Supremo, Carmen Lúcida, recusou o convite porque teme ser assaltada pelos meganhas do Congresso.
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Agamenon Mendes Pedreira é jornalista sem emprego e sem escrúpulos.
Alagoas, que já nos deu Teotônio Vilela e Graciliano Ramos, hoje só nos dá vergonha.
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