Agamenon: Não Vai Ter Golpe?
Os tempos estão difíceis, o único consolo é que sabemos que, um dia, tudo isso vai piorar. Ontem mesmo acordei cedo em busca da minha sobrevivência cotidiana me alimentando de “furtos” silvestres ou praticando a caça predatória de notícias quando alguém me disse que acabara de sair o Listão das Propinas da Empreiteira Odebrecht. Uma réstia de luz se abriu em minha vida, uma lufada de esperança varreu a minha alma. Corri até o computador mais próximo para conferir se o meu nome constava do listão pagador...A ausência do meu nome no Listão da Odebrecht é a prova cabal e irrefutável do meu fracasso, da minha incompetência e da minha insignificância. Ficar de fora do Listão da Odebrecht é como ficar fora da lista dos Dez Mais Ricos da Forbes ou do concurso Faz a Deferência, promovido pelo O Globo
Os tempos estão difíceis, o único consolo é que sabemos que, um dia, tudo isso vai piorar. Ontem mesmo acordei cedo em busca da minha sobrevivência cotidiana me alimentando de “furtos” silvestres ou praticando a caça predatória de notícias quando alguém me disse que acabara de sair o Listão das Propinas da Empreiteira Odebrecht. Uma réstia de luz se abriu em minha vida, uma lufada de esperança varreu a minha alma. Corri até o computador mais próximo para conferir se o meu nome constava do listão pagador. Li nome por nome de cabo a rabo. Principalmente o rabo (aliás, todos presos) e, para meu profundo desgosto e desalento, constatei desolado que meu nome, Agamenon Mendes Pedreira, não constava. Não fora agraciado nem com um mísero centavo das polpudas verbas de campanha, obras superfaturadas ou concorrências fraudulentas que a empreiteira Odecheque empreitava a juros extorsivos.
Nem um codinome eles inventaram para a minha pessoa, como fizeram com os grandes nomes da política. Aliás, uma pergunta ficou no ar: se o Jacques Wagner era conhecido como Passivo, quem seria o ativo na coalizão?
A ausência do meu nome no Listão da Odebrecht é a prova cabal e irrefutável do meu fracasso, da minha incompetência e da minha insignificância. Ficar de fora do Listão da Odebrecht é como ficar fora da lista dos Dez Mais Ricos da Forbes ou do concurso Faz a Deferência, promovido pelo O Globo.
Como fazer? Como sobreviver? Tenho defendido “algum qualquer” participando de passeatas. Contra ou a favor do governo, tanto faz, empunhando faixas ou sanduíches de mortadela. Nas manifestações contra o governo não pagam nada, mas, em compensação, no final da passeata sempre dá para comer alguém. As manifestações do PT Dilma são melhores. Tem condução de graça, uniforme, suco e sanduíche de mortadela. Por falar nisso, não aguento mais tanta mortadela. Será que não dava para mudar o cardápio das manifestações? Será que o objetivo final do socialismo é mortadela para todos? Será que a fábrica de mortadela também não pertence ao filho do Lula?
Como todo jornalista combativo e investigativo que se preza, vivo de golpes, grandes ou pequenos, tanto faz. O meu preferido é o Golpe do Paco que hoje anda meio fora de moda. O problema é que os lulopetistas ficam gritando que “não vai ter golpe”! E eu, como é que fico nesta história? Vai ter golpe, sim, senhor! Ou então vão ter que inventar algum programa de inclusão social só pra mim, o Bolsa Agamenon. No desespero, falei até com Lula pedindo para ele me arrumar um blogue para falar mal do governo com verbas públicas, mas, infelizmente, o meu telefonema não foi gravado pela Polícia Federal.
Como não vai ter golpe? Tem que ter golpe! Imagina o governo da Dilma sofrendo um golpe! Com certeza nossos irmãos latino-bolivarianos vão vir correndo nos acudir! Já posso ver os exércitos da Bolívia pelo oeste e o Exército da Venezuela pelo norte invadindo o Brasil de roldão, num irresistível movimento de pinça, para a Dilma salvar o Lula e salvar o PT.
À frente dessas duas potências militares sul-americanas, os seus comandantes Evo Morales e Nicolás Maduro vão prender o juiz Sérgio Moro, acabar com a Lava Jato, soltar o Zé Dirceu, o João Vaccari Neto, o Feira e a Dona Xepa e quem mais for guerreiro do povo brasileiro. O sítio de Atibaia vai virar embaixada da Bolívia (mas quem usa é o Lula). A Odebrecht, a Camargo Corrêa, a OAS e todas as outras empreiteiras seriam contratadas para salvar a Petrobras. Só assim o Brasil voltaria à sua anormalidade, de onde, aliás, nunca deveria ter saído.
Agamenon Mendes Predreira é uma brasa, Moro?
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A ausência do meu nome no Listão da Odebrecht é a prova cabal e irrefutável do meu fracasso, da minha incompetência e da minha insignificância. Ficar de fora do Listão da Odebrecht é como ficar fora da lista dos Dez Mais Ricos da Forbes ou do concurso Faz a Deferência, promovido pelo O Globo
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