Agamenon: EU VOLTEI! VOLTEI PARA VOTAR!
Felizmente, nenhum dos meus 17 leitores se deu conta do meu súbito desaparecimento aqui n’O Antagonista. Na verdade, tive alguns problemas trabalhistas com a diretoria deste site. Segundo o Departamento Pessoal, a minha relação laboral com este órgão digital da imprensa está em desacordo com a lei. Para ser mais preciso, com uma lei promulgada em 13 de maio de 1888 que estabelece o fim do trabalho não remunerado no Brasil...
Felizmente, nenhum dos meus 17 leitores se deu conta do meu súbito desaparecimento aqui n’O Antagonista. Na verdade, tive alguns problemas trabalhistas com a diretoria deste site.
Segundo o Departamento Pessoal, a minha relação laboral com este órgão digital da imprensa está em desacordo com a lei. Para ser mais preciso, com uma lei promulgada em 13 de maio de 1888 que estabelece o fim do trabalho não remunerado no Brasil.
De acordo com o Departamento Jurídico d’O Antagonista, dirigido pelo célebre adevogado Dr. Kakay, no meu caso esta lei não se aplica, uma vez que eu, Agamenon Mendes Pedreira, não sou afrodescendente. A meu favor, obtemperei junto à administração que poderia ser enquadrado na categoria cafuzo, dentro da “política de cotas” para alvo-caucasianos.
Foi tudo em vão. Surdo a meus argumentos, o Seu Mainardi achou por bem manter a minha tradicional relação trabalhista com este órgão cibercontraditório, inclusive com relação ao salário e demais direitos. Continuo recebendo zero, com adicional de hora-extra e periculosidade. Também não tenho direito a férias, décimo terceiro nem Fundo de Garantia, mas, em compensação, tenho direito à participação nos prejuízos. Por outro lado, as chibatadas semanais receberam um generoso reajuste, passando de 40 para 55 açoites, sem contar os costumeiros insultos por conta dos leitores neobolsonaristas, que me acusam de esquerdista, e os xingamentos dos leitores cripto-lulistas, que me acusam de fasci-nazista. Reconheço que devo todas essas conquistas à reforma trabalhista do governo Michel Temer.
Foi por isso que aproveitei a distração da chefia para escafeder-me no período natalo-reveiolino e assim repousar um pouco o meu castigado lombo. Mas estou de volta, pronto para enfrentar este ano eleitoral de 2018 cheio de oportunidades. O meu amigo, o ministro Gilmar Mentes, ficou inclusive de me arrumar uma boca. Uma boca de urna ou boca de fumo, ainda não sei. Isso vai depender de umas conversas que ele ficou de ter de madrugada com o presidente no Palácio do Jabáuru. Tem que manter isso, viu?
Agamenon Mendes Pedreira é escravo-padrão d’O Antagonista.
Uma rara imagem de Agamenon Mendes Pedreira repousando na sala de estar d’O Antagonista.
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