Agamenon: A volta dos que não foram
Eis-me aqui de volta depois de mais uma derrota do Brasil, dessa vez nas escaldantes areias do Catar, o fim do mundo mais caro do planeta. Agora sim, posso me dedicar ao verdadeiro esporte nacional: botar a culpa nos outros logo que os desastres acontecem. O brasileiro é um povo maníaco-ciclotímico. Numa hora, está torcendo apaixonadamente por algo e, se aquilo dá errado, passa a odiar e a xingar a mãe de seu ex-objeto de adoração...
Eis-me aqui de volta depois de mais uma derrota do Brasil, dessa vez nas escaldantes areias do Catar, o fim do mundo mais caro do planeta. Agora sim, posso me dedicar ao verdadeiro esporte nacional: botar a culpa nos outros logo que os desastres acontecem. O brasileiro é um povo maníaco-ciclotímico. Numa hora, está torcendo apaixonadamente por algo e, se aquilo dá errado, passa a odiar e a xingar a mãe de seu ex-objeto de adoração. O Brasil deveria fazer análise freudiana com a verba do Orçamento Secreto, mesmo porque não precisa pedir recibo. Entenderam? Tudo bem… Eu também não entendi bulhufas.
Em vez do Catar, eu deveria ter ido para a Farofa da G Kay, onde, pelo menos, ia entrar no Dark Room com alguma sub-celebridade gostosa e fazer lá o que a Sérvia fez com o Brasil. Mas não há pau que seja sempre duro e nem ereção que não se acabe. Mal coloquei os quatro pés neste país abençoado por Deus e bonito por natureza devastada e já dei de cara com nossa velha neurose de fundo nervoso, mais de fundo do que nervoso, é claro. O Brasil precisa fazer uma terapia, não tenho a menor dúvida. Não entenderam agora, muito menos eu que escrevo este artigo.
Esta minha capacidade de dizer bobagens sem sentido poderia me arrumar uma vaga de analista da Globo News ou da CNN Brasil, mas todos os meus amigos jornalistas são contratados da Folha Universal, do bispo Evadir Macedo. Não consigo entender, muito menos vocês, meus 17 leitores e meio (nunca esqueço do anão).
O Tite, que nunca foi essas coisas, saiu daqui endeusado pela imprensa. Depois que deu com os camelos n’água, todo mundo se tocou que ele era só um dromedário quadrúpede que só falava em coachês, a língua dos picaretas. E o Neymar? Esse vai ter que se explicar para os torcedores e, pior, para a Receita Federal, que vai obrigar o craque do DST de Paris a tatuar uma GRI nas costas com multa e juros de mora. Bom, isso nós somos capazes de entender.
Agora um novo fracasso se anuncia no horizonte perdido. E o que é pior: vai durar bem mais que uma Copa! Mesmo sem ter começado, Lula fez ouvidos de Mercadante e já começou a empregar todos os petistas que foram solidários quando ele estava em cana, o que muito lhe agradou. A cana, é claro. Sigam-me o meu raciocínio: Fernando Retardhad foi para o Ministério da Economia e não entende nada de economia. Flavio Dinossauro foi para a Justiça sem entender nada de leis. Dizem até que a Dilma vai ser embaixadora em Portugal, mesmo sem saber falar o idioma. Eu não sei o porquê de eu, que não entendo nada de coisa nenhuma, ainda não arrumei um ministério pra chamar de meu. É mole? É claro, você queria o quê na minha idade provecta? Por favor, encontrem uma explicação para isso.
Afrodescentes reclamam que não tem nenhum preto no ministério, mas é porque ainda não sabem da grana preta que a galera do PT (Partido dos Trapaceadores) vai ganhar quando tiver a senha do cofre. Por enquanto só tem uma mulher, quer dizer, duas, esqueci da Manja, quer dizer, a Janja, que assumiu o Ministério da Patroa. Também não tem nenhum gay e nenhum trans, o que prova que o NãOlavo de Carvalho tinha razão: o PT é um partido machista-leninista!
Agamenon Mendes Pedreira é um fracassado que deu certo.
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