“Afirmar que não há risco é fechar os olhos aos crimes do colarinho branco”
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do TJ do Rio, enviou ao STJ esclarecimentos sobre sua decisão de decretar a prisão preventiva de Marcelo Crivella, afirmando que ela se baseou em "fatos recentemente ocorridos e absolutamente...
A desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, do TJ do Rio, enviou ao STJ esclarecimentos sobre sua decisão de decretar a prisão preventiva de Marcelo Crivella, afirmando que ela se baseou em “fatos recentemente ocorridos e absolutamente documentados nos autos”.
Os esclarecimentos foram solicitados pelo ministro Humberto Martins, que revogou a prisão de Crivella na última terça-feira.
Em seu despacho, a desembargadora citou o episódio da apreensão de um aparelho celular que não pertencia a Crivella:
“Se o paciente não tivesse nenhum envolvimento com o ilícito, não teria entregue ao Oficial de Justiça, quando do cumprimento do mandado de busca e apreensão em sua casa, um aparelho de telefone celular que não lhe pertencia (…). O Sr. Prefeito, a um só tempo, não só reforçou, com tal proceder, os indícios de autoria na sua pessoa, como também demonstrou a sua clara intenção em obstruir a colheita da prova”, escreveu.
Em outro trecho, ela diz ainda:
“Logo, afirmar que não há risco à ordem pública, s.m.j. (salvo melhor juízo), é querer fechar os olhos à realidade dos chamados crimes do ‘colarinho branco‘”.
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