Aécio: os mineiros darão outra chance ao tucano?
Em entrevista recente, a deputada pelo PSDB Mara Gabrilli resumiu o sentimento dos cerca de 51 milhões de brasileiros que votaram em Aécio Neves em 2014: ela havia sido feita de boba pelo líder tucano...
Em entrevista recente, a deputada pelo PSDB Mara Gabrilli resumiu o sentimento dos cerca de 51 milhões de brasileiros que votaram em Aécio Neves em 2014: ela havia sido feita de boba pelo líder tucano.
A derrocada de Aécio começou com a revelação do áudio da delação da JBS em que o tucano pediu R$ 2 milhões a Joesley Batista: na versão dele, dinheiro para pagar advogados na Lava Jato; para a PGR, propina.
Num trecho da conversa que se tornou célebre, Aécio, em tom de galhofa, diz o seguinte acerca do emissário que receberia o dinheiro (que vem a ser primo do tucano): “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”.
Após a divulgação da gravação, Aécio foi denunciado pela PGR, afastado do Senado duas vezes pelo STF (voltou na primeira por decisão do ministro Marco Aurélio de Mello e, na segunda, com a ajuda dos companheiros de Senado), licenciou-se da presidência do PSDB e viu a irmã, Andrea Neves, e o primo Fred (o emissário a ser abatido antes da delação) serem presos — e soltos no final do ano, por decisão de Marco Aurélio Mello.
Aécio passou a lutar pela sobrevivência (e pela liberdade) nas coxias: travou uma batalha pelo comando do PSDB, que rachou a legenda, e pela manutenção dos tucanos no governo Temer. Passou a falar por meio de notas e fez raras aparições.
Os aliados dizem que Aécio “não acabou”, apesar de ser alvo de oito inquéritos e uma denúncia perante o STF. Ele próprio disse que será candidato a um cargo majoritário em 2018. “O Senado é o caminho natural”, afirmou em entrevistas neste final de ano. Mas o fato é que Aécio se tornou um dos políticos mais rejeitados do Brasil.
No final do ano, viu Raquel Dodge insistir no bloqueio dos seus bens. E a Odebrecht e Andrade Gutierrez confirmaram o pagamento de 50 milhões de reais ao tucano. A Odebrecht, por meio de uma offshore em Cingapura; a Andrade Gutierrez, por meio de um contrato com a controladora de uma rede de academias. O empresário Alexandre Accioly estaria no esquema. Aécio nega.
Os mineiros darão outra chance ao tucano?
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