Advogado que grampeou Moro atuou em contratos investigados pelo MP-RJ
O advogado Roberto Bertholdo, apontado como um dos líderes do Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (Iabas), atuou em contratos investigados pelo Ministério Público do Rio por irregularidades...
O advogado Roberto Bertholdo, apontado como um dos líderes do Instituto de Atenção Básica e Avançada em Saúde (Iabas), atuou em contratos investigados pelo Ministério Público do Rio por irregularidades.
As relações de Bertholdo com o Iabas, organização social responsável pela gestão de hospitais no Rio, foram reveladas por O Antagonista em maio. Ele é personagem conhecido da vida política brasileira: já foi preso acusado de pagar propina a desembargadores e investigado por ter grampeado o ex-juiz Sergio Moro, ainda antes da Lava Jato.
Agora, segundo reportagem da TV Globo, o MP-RJ encontrou indícios de que o advogado foi um dos responsáveis pela assinatura dos contratos de emergência da OS com o governo do estado para a construção de hospitais de campanha para tratamento de pacientes de Covid-19.
O MP-RJ conseguiu cópia de mensagens entre Gabriell Neves e Edmar Santos em que eles conversam sobre a compra de 100 respiradores. “Roberto vai comprar pelo Iabas. Vou pagar ele como investimento, e requisitar os aparelhos via SES [Secretaria de Saúde]. Acho que nosso planejamento está começando a se concretizar”, disse Neves a Edmar.
Edmar Santos foi secretário de Saúde do Rio e está preso por suspeita de corrupção em contratos emergenciais para combate à pandemia do novo coronavírus. Gabriell Neves foi subsecretário executivo da pasta e também está preso por envolvimento no mesmo esquema.
Segundo a reportagem da Globo, Bertholdo foi o responsável pelos contratos do Iabas com o governo do Rio para construção dos hospitais de campanha.
De acordo com documentos obtidos pela TV, o advogado foi contratado para representar a OS em reuniões com o governo, para dar consultoria jurídica ao Iabas e ficar em contato com fornecedores.
À Globo, Bertholdo disse que os contratos são legítimos e nega qualquer irregularidade em sua atuação.
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