Advogado de megadoleiro integrou comitiva liderada por Cunha a Israel
Em junho de 2015, a imprensa denunciou a escandalosa viagem de Eduardo Cunha com outros 13 deputados federais a Israel. A missão oficial tinha ares de roteiro turístico, inclusive pela presença das esposas dos parlamentares...
Em junho de 2015, a imprensa denunciou a escandalosa viagem de Eduardo Cunha com outros 13 deputados federais a Israel. A missão oficial tinha ares de roteiro turístico, inclusive pela presença das esposas dos parlamentares.
Integrou a polêmica comitiva o advogado Arnon Velmovitsky, identificado como membro da comunidade judaica. Registros da viagem mostram Velmovitsky ao lado de Cunha na visita ao Knesset, o parlamento israelense.
Velmovitsky é diretor de relações institucionais da Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ) e vice-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Israel, além de ter advogado em causas cíveis para Dario Messer – o doleiro dos doleiros.
Messer é alvo de um mandado internacional de prisão. Ele é apontado pela ‘Operação Câmbio Desligo’ como o chefe de um esquema de lavagem integrado por 3 mil offshores em 51 países, com movimentação superior a US$ 1,6 bilhão.
Além de Messer, Velmovitsky já atuou como advogado de seu filho Dan Wolf Messer, sócio da Pegasus Consultoria, sediada no Paraguai. Dan teve seus bens bloqueados pelo juiz Marcelo Bretas.
Nas redes sociais, o filho de Dario Messer aparece ao lado da filha de Velmovitsky.
O advogado também é conselheiro efetivo da seccional da OAB-RJ, assim como Leonardo Rzezinski, irmão dos irmãos Marcelo e Roberto Rzezinski, presos pela PF e acusados de atuarem como operadores do PMDB.
Velmovitsky atuou ainda como advogado do doleiro Benjamim Katz, cliente do banco EVG, aberto por Dario Messer em Antígua e Barbuda. Katz, que caiu no Banestado, é considerado um dos operadores financeiros de Eduardo Cunha.
Em contato com O Antagonista, Velmovitsky afirmou que vive “exclusivamente de atividades lícitas”.
“Advogar não é nem nunca será crime. Não sou ‘ligado’ a nenhum doleiro. Na viagem a Israel fui convidado pelo Pastor Everaldo e exercia a diretoria de relações institucionais da FIERJ.”
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