“Admirador de tiranos”, diz Mourão sobre Lula
Senador critica envio de representante do governo brasileiro à posse do ditador venezuelano Nicolás Maduro
O senador Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou que o presidente Lula (PT) “mostra-se admirador de tiranos”, ao decidir enviar um representante para a contestada posse do ditador Nicolás Maduro, em 10 de janeiro, na Venezuela.
No X, o ex-vice de Bolsonaro (PL) disse que o governo Lula “resolveu prestigiar o tiranete cucaracho”:
“Lula, ao confirmar a presença de um representante brasileiro no pelotão de Maduro, na Venezuela, mostra-se admirador de tiranos. Enquanto as democracias do mundo consideravam a vitória de Edmundo Gonzalez, o governo Lula resolveu prestigiar o tiranete cucaracho que se mantém no poder pelo aparelho institucional“.
Segundo Mourão, “ao prestigiar um déspota, o governo Lula valida a tirania e mostra que, na essência, despreza os princípios democráticos“.
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De acordo com o Itamaraty, o petista enviará um membro oficial em mais uma posse do ditador chavista, segundo revelou o UOL. Oficialmente, o governo brasileiro não reconheceu a fraude nas eleições de 28 de julho de 2024.
Em dezembro, O Antagonista encaminhou um questionamento ao Ministério de Relações Exteriores se o Brasil enviaria algum integrante do governo à posse de Maduro, mas não obteve resposta.
28 de julho
A pressão internacional sobre Maduro ganhou força após os Estados Unidos e outros países reconhecerem o candidato oposicionista Edmundo González Urrutia como o presidente eleito.
Em novembro, a Sala Constitucional do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) encerrou o caso que contestava a fraude eleitoral do ditador.
Dois ex-candidatos presidenciais, Enrique Márquez e Antonio Ecarri, enviaram pedidos para que a Corte conferisse os números e abrisse os dados mesa por mesa.
A Sala Constitucional do TSJ, contudo, não divulgou os argumentos usados para validar o resultado oficial das eleições.
Exílio
Segundo o ministro de Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, González terá a confirmação do que solicitou desde a sua chegada ao país em 8 de setembro.
Reconhecido pelos EUA e por outros países europeus como presidente eleito, González segue afirmando que irá a Caracas tomar posse.
A Procuradoria-Geral da Venezuela, controlada pelo chavismo, anunciou em 2 de setembro que um tribunal expediu um mandado de prisão contra Edmundo González.
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