Acusados de planejar sequestro de Moro são assassinados em presídio
Nefo e Rê foram executados a facadas por outros três detentos na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, em Presidente Venceslau (SP)
Dois presos acusados de estarem envolvidos no planejamento do sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foram assassinados nesta segunda-feira, 17, na Penitenciária Maurício Henrique Guimarães Pereira, a P2, em Presidente Venceslau (SP).
Segundo o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que também estava na mira dos criminosos, as execuções de Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, e Reginaldo Oliveira de Sousa, o Rê, aconteceram após o almoço, durante a soltura dos presos para o banho de sol.
Nefo foi levado para o banheiro do presídio e morto a facadas por três outros detentos. Em seguida, os mesmos presos eliminaram o Rê, também a facadas, no pátio da unidade prisional.
Após as execuções, eles se entregaram e assumiram a autoria dos crimes.
A motivação para os assassinatos ainda não foi esclarecida, informou o promotor.
Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo (SAP-SP) afirmou que um quarto detento está sendo investigado por envolvimento na ação.
Na mira do PCC
A Polícia Federal prendeu, em 22 de março de 2023, nove integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC), suspeitos de planejar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e extorsão mediante sequestro.
Entre os alvos dos criminosos também estavam o promotor Lincoln Gakiya, que investiga o grupo criminoso há vinte anos, agentes penitenciários e policiais de Mato Grosso e Rondônia. O motivo do planejamento do PCC é que os líderes da organização, como Marco Williams Herbas Camacho, o Marcola, estavam furiosos por terem sido transferidos para presídios federais. Em 2019, ele e outros 21 integrantes do PCC foram levados, a pedido de Gakyia e durante o tempo em que Moro foi ministro, para uma prisão de segurança máxima, onde não tinham privilégios e a chance de resgate era nula.
Em maio, a 9ª Vara Federal de Curitiba aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e transformou em réus os acusados pelo planejamento do sequestro de Moro. Eles respondem pelos crimes de tentativa de extorsão mediante sequestro, organização criminosa, posse ilegal de arma de fogo com numeração suprimida e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.
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