“Acompanhamos a saída”, diz embaixador de Israel sobre soldado
De acordo com o embaixador Daniel Zonshine, a saída do militar do país foi monitorada pela representação diplomática em Brasília
O soldado israelense Yuval Vagdani, de 21 anos, deixou o Brasil neste domingo, 5, após ser alvo de ordem da Justiça do Distrito Federal. Como mostramos, a Fundação Hind Rajab (HRF) é responsável por uma denúncia contra o militar, que estava de férias no Brasil, acusando-o de “genocídio” e crimes de guerra na Faixa de Gaza.
Durante sua estadia no Brasil, o soldado estava de férias na Bahia. A Embaixada de Israel em Brasília prestou assistência à sua saída do país.
De acordo com o embaixador israelense Daniel Zonshine, a saída do soldado foi monitorada pela representação diplomática em Brasília, que manteve contato telefônico com Vagdani.
“Acompanhamos à distância o processo de saída dele, para sabermos qual a sua situação. Nós acompanhamos a saída. A decisão e a ação foram dele”, disse Zonshine.
Um representante da embaixada esteve presente no aeroporto para garantir sua partida.
Embora o Itamaraty não tenha se manifestado, o governo israelense emitiu um comunicado ressaltando que Israel tem o direito de se defender após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, e que suas operações militares em Gaza seguem as normas do direito internacional.
A nota também acusa a Fundação Hind Rajab (HRF), organização que iniciou a investigação no Brasil, de manipular sistemas legais para promover uma narrativa anti-Israel.
Segundo informações não confirmadas, o soldado deixou o Brasil pelo aeroporto de Salvador e seguiu para a Argentina.
O pai de Vagdani relatou ao jornal Haaretz que o filho foi alertado sobre a investigação após um amigo ter recebido uma mensagem da embaixada israelense. Ele indicou que, em poucas horas, a família fugiu, rapidamente atravessando a fronteira.
A Fundação Hind Rajab e o apoio ao Hamas
A StandWithUs Brasil, instituição presidida pelo cientista político André Lajst, publicou neste domingo, 5, uma nota em que traz à tona questionamentos sobre a credibilidade da Fundação Hind Rajab (HRF).
Criada recentemente, a HRF é liderada por figuras com histórico de apoio a grupos terroristas como Hamas e Hezbollah.
A nota da StandWithUs Brasil destaca que Dyab Abou Jahjah, presidente da HRF, e Karim Hassoun, outro líder da organização, têm um histórico de declarações polêmicas. Jahjah já negou o Holocausto e exaltou ações do Hamas, incluindo o massacre de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.200 israelenses. Hassoun, por sua vez, defende abertamente o Hamas e o Hezbollah e rejeita a existência de Israel.
“Os líderes da HRF utilizam o sistema jurídico brasileiro para promover narrativas alinhadas aos interesses do Hamas, uma estratégia que enfraquece o propósito legítimo de defesa dos direitos humanos”, afirmou a StandWithUs em sua nota.
Caso sem evidências concretas
O soldado israelense alvo da denúncia é sobrevivente do ataque realizado pelo Hamas no Festival Nova, ocorrido no sul de Israel. A Justiça Federal determinou que ele fosse investigado pela Polícia Federal, mas não emitiu mandado de prisão.
A StandWithUs Brasil aponta que as provas apresentadas pela HRF são frágeis e carecem de respaldo jurídico.
O Ministério Público Federal (MPF) também considerou insuficientes as evidências para estabelecer qualquer conexão entre o acusado e os supostos crimes.
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