Na tarde de sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024, um trágico acidente aéreo abalou o Brasil. O avião da Voepass, que transportava 58 passageiros, caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo. O incidente, que resultou na morte de todos a bordo, incluiu nove funcionários do Grupo GhelPlus, conhecidos no setor de materiais de construção.

A empresa, que havia realizado uma convenção na quinta-feira, 8, no Paraná, perdeu um colaborador e oito representantes comerciais na queda do avião. A Voepass informou que as causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

Quem eram as vítimas do Grupo GhelPlus?

Entre os falecidos estavam profissionais dedicados e queridos por seus colegas e familiares. Do total de nove vítimas ligadas ao Grupo GhelPlus, três atuavam em São Paulo e as outras seis eram do Nordeste. São elas:

• Constantino Thé Maia: Representante comercial no Rio Grande do Norte.

• Thiago Almeida Paula: Natural do Ceará, trabalhava como representante comercial no Rio Grande do Norte.

• Raphael Bhone, Regiclaudio Freitas e Wlisses Oliveira: Atuavam como representantes comerciais no Ceará.

• Ronaldo Cavaliere: Representante comercial em Alagoas.

• Rosângela Souza e Luciani Cavalcanti: Representantes comerciais em São Paulo.

• Pedro G. do Nascimento: Colaborador lotado em São Paulo.

O Grupo GhelPlus lamentou a perda dos colaboradores em uma nota oficial, destacando a contribuição e o impacto positivo que cada um teve na vida de todos ao seu redor.

O que causou a queda do avião da Voepass?

Especialistas ainda estão investigando as causas do desastre. As primeiras análises apontam que as condições climáticas podem ter desempenhado um papel crucial. No momento da queda, a aeronave estava em giro vertical, indicando uma perda de sustentação, conhecida como “estol”.

Imagens mostram que o avião entrou em uma posição de “parafuso chato”, sugerindo a possível formação de gelo nas asas. Este fenômeno é conhecido por afetar a estabilidade das aeronaves, especialmente os modelos ATR, usados em voos curtos.

Como foi o processo de identificação das vítimas?

A identificação dos corpos está sendo feita no Instituto Médico-Legal (IML) Central, em São Paulo. O trabalho é complicado e demorado, pois os corpos ainda estão sendo retirados da aeronave.

Entre os mortos, não estavam apenas os funcionários do Grupo GhelPlus. Havia médicos viajando para um congresso de oncologia, empresários retornando de um evento de construção civil, professores universitários e passageiros visitando parentes.

A Voepass informou que a aeronave estava em boas condições e havia passado por manutenção recentemente. No entanto, as caixas-pretas foram recuperadas e deverão fornecer dados essenciais para esclarecer o acidente.

Qual é a importância de medidas de segurança na aviação?

Este acidente, considerado o pior no Brasil desde 2007, quando um voo da TAM resultou em 199 mortes, reforça a importância das medidas de segurança na aviação. O modelo ATR, utilizado pela Voepass, é geralmente considerado seguro, mas incidentes como este enfatizam a necessidade de uma avaliação contínua das práticas operacionais e condições dos voos.

Investigadores do Cenipa, ligado à Força Aérea Brasileira (FAB), estão trabalhando arduamente para determinar as causas do acidente e evitar futuras tragédias. A segurança aérea é uma prioridade e incidentes como este lembram a fragilidade e a necessidade de constantes melhorias e vigilância.

A tragédia em Vinhedo não será facilmente esquecida, com a dor e o luto tomados pelos familiares e amigos das vítimas. A comunidade continua unida, buscando respostas e oferecendo apoio a todos os afetados por essa tragédia.