Acelera Gonet
O procurador-geral da República instituiu uma força-tarefa para conseguir apresentar, até março, a denúncia contra Jair Bolsonaro
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, instituiu uma força-tarefa para conseguir apresentar, até o início de março, a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 39 pessoas acusadas de tentar instaurar um golpe de Estado no país.
Para conseguir dar conta da análise do inquérito de aproximadamente 900 páginas, Gonet suspendeu o seu recesso e de outros integrantes da Procuradoria-Geral da República. O material, segundo o jornal O Globo, está sob revisão do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos (GCAA), colegiado que conta com dez integrantes.
A coordenação do grupo está a cargo do procurador Joaquim Cabral da Costa Neto, que já trabalhou com Gonet na procuradoria-geral Eleitoral. Outros integrantes do time são Adriana Scordamaglia Fernandes, Catarina Sales Mendes de Carvalho, Cecília Vieira de Melo, Daniel José Mesquita Monteiro Dias, Gabriela Starling Jorge Vieira de Mello, Lígia Cireno Teobaldo, Leandro Musa de Almeida e Pablo Luz de Beltrand.
A cronologia da denúncia de Gonet
A expectativa inicial era que a PGR apresentasse sua denúncia sobre a suposta participação de Bolsonaro no plano golpista em fevereiro. Mas com a prisão do general Braga Netto e o levantamento de novas provas a partir de depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid e com a extração dos dados do celular do ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro esse prazo foi dilatado. Por isso, a PGR corre contra o tempo para conseguir dar conta dessa demanda a tempo do caso ser julgado ainda em 2025.
Integrantes da Suprema Corte acreditam que um eventual julgamento de Jair Bolsonaro deve acontecer a partir de setembro de 2025.
O novo advogado de Jair Bolsonaro
O advogado criminalista Celso Vilardi será o novo coordenador da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos processos em curso no STF.
A decisão foi tomada em reunião entre Bolsonaro e Vilardi nesta quarta-feira, 8. O advogado Paulo Bueno, que chefiava a defesa do ex-presidente, permanecerá na equipe jurídica.
Vilardi já atuou na defesa de empresas de Eike Batista, do ex-tesoureiro do Partido do Trabalhadores (PT) Delúbio Soares nos processos do mensalão e em casos de executivos na empreiteira Camargo Corrêa no âmbito da Operação Lava Jato.
O advogado também participou de relevantes investigações corporativas, entre elas o caso do rompimento da barragem da Vale, em Minas Gerais.
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Comentários (1)
Um_velho_na_janela
10.01.2025 08:29Agora sim, Bolsocheio tem um advogado especializado em defender criminosos de alto coturno.